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quarta-feira, novembro 27, 2013

O Centro da terra


O Dr. Nephi Cottom, de Los Angeles, declarou que um dos seus pacientes, um homem de ascendência nórdica, lhe contou a história seguinte: 

"Vivia perto do Círculo Ártico, na Noruega. Num verão, eu e um amigo resolvemos fazer uma viagem de barco juntos, e ir tão longe quanto pudéssemos para o norte. Assim, armazenamos provisões de boca para um mês, num pequeno barco de pesca, e nos fizemos ao mar, com vela e também com um bom motor de popa.
No fim de um mês tínhamos viajado bem longe, para o norte, além do Pólo e numa estranha e nova região. Ficamos muito espantados com o clima de lá. Quente, e às vezes as noites eram tão cálidas que quase não se podia dormir. (Exploradores árticos que foram ao norte longínquo têm feito narrativas semelhantes, de clima quente, às vezes o bastante para fazer com que tirem suas roupas mais pesadas — o Autor.) Depois, vimos algo tão estranho que ficamos ambos assombrados. Em frente do mar aberto e quente, em que estávamos, vimos o que parecia uma grande montanha. Naquela montanha, num determinado ponto, o oceano parecia estar desembocando. Confusos, continuamos naquela direção e rios encontramos navegando num vasto e profundo vale, que levava para o interior da Terra. Continuamos navegando e vimos então o que nos surpreendeu ainda mais — um sol brilhando dentro da Terra!
O oceano, que nos tinha levado para dentro do interior oco da Terra, gradualmente transformou-se num rio. O rio ia, como descobrimos mais tarde, através de toda a superfície interna do mundo, de uma extremidade à outra. Ele pode ir, se se o segue toda a vida, do Pólo Norte até o Pólo Sul.
Vimos que a superfície interna da terra é constituída, como a outra o é, de terra e água. Há abundância de luz solar e muita vida, tanto animal quanto vegetal. Navegamos mais e mais, para dentro desta região fantástica, fantástica porque tudo era de tamanho grande em comparação com as coisas do lado de fora. As plantas são grandes, as árvores enormes e, finalmente, chegamos até os GIGANTES .
Eles viviam em lares e cidades, da mesma maneira como o fazemos na superfície da Terra. Usavam um tipo de condução elétrica, semelhante a um monotrilho, para transportar as pessoas. Corria ao longo das margens do rio, de cidade para cidade.
Vários dos habitantes do interior da Terra — gigantes enormes — descobriram nosso barco no rio e ficaram muito surpresos. Entretanto, foram bastante amistosos. Fomos convidados a jantar com eles, nos seus lares, e assim separei- me do meu companheiro, seguindo ele com um gigante para o lar deste, e eu indo para a casa de outro gigante.
Meu amigo gigantesco me levou para a sua casa, apresentou-me a sua família, e fiquei completamente aterrorizado ao ver o tamanho enorme de todos os objetos do seu lar. A mesa de refeições era colossal. Foi posto na minha frente um prato com uma quantidade tão grande de comida que poderia me alimentar, abundantemente, por uma semana. O gigante me ofereceu um cacho de uvas e cada uva do tamanho de um dos nossos pêssegos. Provei urna e achei bem mais doce do que qualquer uma que tivesse comido 'do lado de fora'. No interior da Terra todos os frutos e hortaliças são bem mais gostosos e saborosos do que os que temos na superfície externa da Terra.

Permanecemos um ano com os gigantes, apreciando tanto o seu companheirismo quanto apreciavam nos conhecer. Observamos muitas coisas estranhas e fora do comum, durante nossa visita a esse povo notável e ficávamos continuamente assombrados diante do seu progresso científico e das suas invenções. Durante todo o tempo, jamais foram inamistosos para conosco, e permitiram que retornássemos para os nossos próprios lares, do mesmo modo que fomos — de fato, ofereceram-nos cortesmente proteção em caso de a necessitarmos, na viagem de regresso."
Esses gigantes eram, evidentemente, membros de raça antediluviana dos Atlantes, que estabeleceram residência no interior da Terra, antes do dilúvio histórico, que submergiu Atlântida.
Uma experiência semelhante, de uma visita ao interior oco da Terra, pela abertura polar, mas completamente independente, foi citada por um outro norueguês, chamado Olaf Jansen, e registrada no livro, The Smoky God, de autoria de Willis George Emerson, um escritor americano. O livro é baseado numa narrativa feita por Jansen ao Sr. Emerson, antes de sua morte, descrevendo suas experiências reais, durante a visita que fez ao interior da Terra e aos seus habitantes.
O título, The Smoky God, se refere ao sol central do interior oco da Terra, que sendo menos brilhante e menor do que o nosso sol, aparece como "esfumaçado". O livro conta a experiência verdadeira de um pai e filho escandinavos que, com o seu pequeno barco de pesca e ilimitada coragem, tentam encontrar a "terra além dos ventos do norte", de cuja beleza e calor tinham ouvido falar. Uma tempestade de vento extraordinária os leva pela maior parte da viagem, através da abertura polar para o interior oco da Terra. Ficaram por lá dois anos e regressaram pela abertura polar sul. O pai perdeu a vida, quando um iceberg se quebrou e destruiu o seu barco. O filho foi salvo e depois passou 24 anos preso, como louco, por haver contado a história das suas experiências a pessoas incrédulas. Quando foi finalmente solto não contou mais a história a ninguém. Depois de 26 anos como pescador, economizou dinheiro bastante para ir para os Estados Unidos e se estabeleceu no Illinois e mais tarde na Califórnia. Aos noventa anos de idade, acidentalmente, o novelista Willis George Emerson o ajudou e ele lhe contou a história. Quando morreu, o velho homem deixou-lhe os mapas e o manuscrito descrevendo suas experiências. Recusou-se a mostrá-los a quem quer que fosse enquanto estava vivo, devido a sua experiência passada, em que as pessoas não o acreditavam e o consideravam louco se mencionasse o assunto.
O livro, The Smoky God, descrevendo a viagem extraordinária de Olaf Jansen ao interior oco da Terra, foi publicado em 1908. Conta a respeito das pessoas que vivem no interior da Terra, as quais ele e o seu pai encontraram durante a sua visita e cuja língua aprenderam. Disse que viviam de 400 a 800 anos e eram muito avançados em conhecimentos científicos. Podem transmitir seus pensamentos, de um para o outro, por certa espécie de radiação, e têm fontes de energia maiores do que a nossa eletricidade. São os criadores dos discos voadores, que funcionam por meio desta energia superior, obtida do eletromagnetismo da atmosfera. Eles têm três metros e sessenta centímetros de altura ou mais. É notável como esta descrição, de uma visita ao interior da Terra, coincide com a anterior e, todavia, são completamente independentes, uma da outra. Igualmente, o tamanho

gigantesco dos seres humanos, que vivem no interior da Terra, coincide com o grande tamanho da vida animal, observada pelo Almirante Byrd que, quando do seu vôo de 2.730.quilômetros além do Pólo Norte, observou um animal estranho, parecido com o antigo mamute. Apresentaremos mais tarde, neste livro, a teoria de Marshall Gardner, pela qual os mamutes encontrados em blocos de gelo não são animais pré-históricos e sim enormes animais do interior da Terra, que foram levados para a superfície pelos rios e congelados dentro do gelo formado pela água que os transportou.

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