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segunda-feira, agosto 20, 2012

Amazônia Primitivos habitantes – parte 1 -


A chegada do homem chamado “civilizado” na Amazônia, já era ela ocupada por centenas de tribos nômades,. Controvertidas, até os dias atuais, as versões quanto ao numero dessas tribos. Cento e cinqüenta, na estimativa de Cristovão da Cunha. Setecentas, na assertiva de Marktam.  Três milhões, segundo o pronunciamento de Virgilio Correia Filho.
De trabalhosa identificação, pois, em sua origem. Irreconciliáveis  na área de proporções esmagadora. Há indícios veementes de que não eram autóctones. Etnólogos, antropólogos e arqueólogos já comprovaram `a exuberância que vieram até `as plagas amazônicas pelo estreito de Bhering, formando as legiões da civilização pré-colombiana.
Evoluídas umas, conhecendo a arte da cerâmica e da tecelagem, a caça  e a pesca, a cata das drogas do chamado sertão e o trato com a terra. Em atraso outras, praticando inclusive a antropofagia – aqui paira uma duvida, acredita-se que uma terra rica em frutos tropicais, peixe em abundancia, caça nem se fala, seria impossível essa pratica no coração da Amazônia, o que se sabe e é o mais provável é que chegando os invasores  estúpidos e ignorantes, acostumados muitos deles em suas terras civilizadas ao participarem de guerras e invasões a primeira coisa que faziam era pegar as mulheres dos dominados e transformá-las em seu vasos de desejos sexuais, isto feito em terras ameríndias onde de certa forma viviam em paz, salvo quando entre eles  - as tribos – haviam descontentas. Sabedores da forma agressiva como procediam os invasores e sem defesas para com o seu povo eles começaram a praticar este tipo de selvageria como forma de demonstrar o seu poder aos chamados civilizados europeus que nem banho sabiam tomar enquanto as tribos ali existentes tinham o habito de conviver diariamente com os rios em forma de banhos, caminhos, e alimentação. Como faziam com as caças assim passaram a fazer com os seus perseguidores, matavam e esquartejavam colocando suas partes em cestos  e desfilar onde  fossem visto pelos invasores, aproveitavam para demonstrar as suas raivas   comendo as peças de carnes etc...- como os Manjeronas do rio Javari.  Valentes e agressivos, como os Nheengaíbas do Pará ou os Manaus e Muras do Amazonas. Estes, canoeiros de ataques arrasadores. De estatura elevada, como os Curicurês do rio Purus, ou como  os Mutaiús, << anões tão pequenos como meninos de mui pouco tempo>>, conforme depoimento de Cristovão da Cunha.
Quando a expedição de Francisco Caldeira Castelo Branco, em 1616, aportou a Belém, já havia na área recém-ocupada muitas tribos. Dentre outras, a dos Tupinambás, os primeiros a colaborarem na construção do forte do presépio e das primeiras casas do povoado.
Verdade é que já em 1619, por incompreensões, esse contato amistoso desapareceu com o ataque daqueles selvagens, sob as ordens  do morubixaba chamado: Cabelo- de Velha.
Outras tribos, porém,  numerosas, aderiram aos colonizadores, em termos prestigiosos. Cronistas constaram que eram os filhos da selva que prestavam serviços domésticos, caçavam, pescavam e carregavam água.
Ao norte da Amazônia, consoante Miranda Neto, desde o Marajó – com o lago do Ararí, o Pacoval e parte do Baixo Amazonas -  até o Rio Negro, o rio Purus, o rio Jupurá e o rio Solimões, dominaram numerosas tribos, que mais tarde foram classificadas, `a luz da etnologia, e da antropologia, como os Aruaques. Ei-las, na ordem oferecida pelo notável amazonólogo: Acaris, aghaguas, Amanajás, Anajás, Antis, Araris, Atoraís, Banivas, Baurés, Caías, Catopolitanos, Catoquinas, Caumaris, Cuatis, Culinas, Custenaus, Gaturanas,(Corutanas), Coajiras, Guajaras, Guanás, Iamamadis, Ipecas, Ipurinãs, Javiteiros, Jurumas, Maipures, Mamainas, MANAUS, Mapuas, Marauanás, Mehinacus,(Meinacus), Mocoões,Moxós, Muanás, Paumarís,  Pauxís, Pirós, Purupuros, Parecis, Pacés, Sacacas, Siuissís, Tainos, Tapiras, Tarianos, Tarumãs, terenos, Ticunas, Tucanos, Uapichanas ou Vapichanas, Uarequenas e Vaurás.
De tais tribos, algumas também apareceram na área hoje denominada de Amazônia Ocidental. MANAUS, Barés, Banivas  E Pacés, que assistidos pelos carmelitas, concorreram para o desenvolvimento e povoamento da futura cidade da Barra. Catopolitanos, Catoquinas, Iamamadis, Siuissis, no Solimões. Purupurus, ou bugres malhados – portadores de uma dermatose – que viviam pelas margens do rio Purus. Tarumãs que, em 1657, foram aldeados pelos Jesuítas. Depois, vindo do Boioçu – onde primeiro se instalaram – permaneceram nas proximidades do Forte de São Jose da Barra, e ali deixaram o nome ligado `a área, hoje conhecida como Tarumã, que ate um certo tempo era um recanto aprazível - que tinha uma bela cachoeira onde podia-se escalar  por entre as pedras e a água que caia dela - do turismo regional próximo a Manaus.  Ticunas que, segundo Anísio Jobim, eram terríveis envenenadores. Tucanos e Uapichanas, que inda possivelmente, proliferam no Rio Negro.
Em toda a extensão  do Rio Solimões dominavam os Cambebas ou Omáguas, cujo traço físicos prinicipal era a cabeça deformada `a maneira de mitra de bispo. Outra singularidade  desses silvícolas: revelaram aos civilizados os segredos da extração da borracha.
 Continuamos
  O agente Wickham
Henry Wickham - o espião da borracha

a brutalidade da “febre da borracha” na selva amazônica no final do séc. 19. “Descoberta” por monsieur Charles Marie de la Condamine durante sua expedição de 1736 ao Equador, mas conhecida há séculos como cahuchu ou caoutchouc por quase todas as tribos indígenas da Amazônia ou como pau de xiringa pelos conquistadores portugueses, a hevea brasiliensis e o látex dela extraído (substância perecível  e pegajosa, devido à ação da temperatura) são redescobertos como produto de utilidade industrial com a invenção da técnica de vulcanização pelo britânico Charles Goodyear em 1842; época em que a vila da Barra do Rio Negro fundada pelos portugueses, se reinventa como a cintilante Manaus da febre do “ouro branco”. O certo é que o ocaso do ciclo da borracha já se escrevia desde 1876, como crônica de um desastre anunciado.

Indios da Amazonia sendo escravisados por  Henry Wickham para o trabalho forçado e roubo da seringueira da Amazonia.


Seu autor: Henry Wickham, aventureiro fracassado do British Empire, boçal e imperialista convicto. Este desembarca em Santarém e mediante a arregimentação de indígenas ingênuos, consegue coletar 70 mil sementes de seringueira, que são escondidas em 819 cestos com castanhas do Pará e contrabandeadas pelo capitão Murray a bordo do cargueiro Amazonas para Liverpool, e de lá para o Jardim Botânico de Kew, na Inglaterra. Wickham fez seu primeiro pé-de-meia recebendo 10 libras esterlinas por cada lote de 1.000 sementes viáveis. Essa operação de contrabando e imperialismo biológico mudaria o curso da História Mundial na véspera da 1ª. Guerra mundial, quando as primeiras sementes da seringueira germinavam em solo da Malásia e da Índia, quebrando os barões da Amazônia. E causaria ainda o maio desastre para uma região que surgia independente do resto do Brasil. Desastre que veio ate os anos 60 prejudicando varias gerações no coração da Amazônia brasileira. Com o roubo cometido e sem punição por parte do governo brasileiro temeroso que a Amazônia fosse desmembrada do resto do pais, e que possivelmente foi conivente com a saída do nosso ouro branco, pois a prosperidade da região era visível aos olhos dos resto país que lá para baixo da linha do equador se debatia em sobreviver pendurados nas asas do poder, fechou os olhos e este sujeito inglês a mando de alguém poderoso `a  época executa o seu papel de espião  e ladrão `a luz das autoridades locais.
Manaus a capital dourada e replica de uma Paris e Londres juntas, onde se desfilavam carruagens e peças de teatros, bondes elétricos, ruas calçadas do mais nobre paralelepípedos – espécie de tijolo cinza – calçadas de tacos de borrachas, dos cafés e lojas como a famosa Ala Vide de Paris, dos chafarizes e bancos de formatos das frutas tropicais foram caindo no esquecimento sob a sombra silenciosa do teatro Amazonas. Quando despertamos para a vida nos anos 50 olhávamos para aquele monumento esquecido fechado e sombrio, estudávamos `a luz de velas, as ruas sem luz até  mesmo seus lampiões se apagaram. E para terminar de fez com uma das coisa úteis que ainda nos restavam e podíamos usufruir, os bondes ingleses, um jovem governado troca-os por  ônibus que chegavam de São Paulo da nova fabrica de transporte modernos, levados para volta redonda foram por lá transformados em lingotes de ferro. Assim ficávamos sem nada, a única faculdade que tínhamos era a de direito e que se formava ia trabalhar nas poucas lojas que se mantinham vivas, sem emprego muitos deixavam a cidade em busca de novas terras. Este foi o resultado de um trabalho bem elaborado para desbancar um projeto de desenvolvimento de um região sem se preocuparem com o povo que ali vivia e vive. Para muitos a Amazônia se preciso deve ser transformada em um zoológico natural, custe o que custar.
Foi preciso que a partir de 1964 no governo do Dr. Cezar Ferreira Reis o Amazonas desce a volta por cima. Manaus volto a sair do esquecimento em que vivia, Artur Reis, mandou a cara do Estado, criou universidade, providenciou luz para a cidade pois a que tinha era meio de votos para os políticos anteriores que a usavam como castigo para os o povo. Sim castigo, se um bairro não desse seu voto ao político vencedor já sabia que durante todo o seu mandato não teria luz. O único erro de Artur reis foi ter criado a zona franca, quando deveria ter feito o desenvolvimento de interiorização do homem ao seu meio, no cultivo da pesca em açudes dando suporte para volta a ser cultivado as florestas de seringueiras e o seu processamento local como fonte geradora de empregos aos filhos da terra. Quando no senado Federal como assessor do então senador João Bosco Ramos de Lima planejamos um ensaio para redirecionar a chama zona franca que com a sua instalação criou-se um bolsão de migração e com isso com uma população desordenada a cidade foi perdendo a sua forma  para  a qual foi planejada por Eduardo Ribeiro. Manaus era para ter a característica mista de Paris, Londres e Veneza, com seus canais de igarapés, hoje aterrados, por onde passariam as catraias – canoas com cobertura e movida a remos tipo faias –. Bem, agora esta aí de certa forma feia, com suas arquiteturas populares tipo caixotes, assim sua beleza atual fica a desejar,  seus chafarizes desapareceram da cidade, suas belas arquiteturas ficaram limitadas, outras ruíram. Tudo resultado de indivíduos que só pensaram em tirar proveito para si próprio.
Continuamos      




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