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sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Mensagem de Airton Sena - O meu decesso -


Mensagem recebida em 03.05.1994 em Brasília Brasil.
Esta mensagem foi recebida em minha residência em Brasília, quando me preparava naquele dia, para o estudo do livro “Segurança Mediúnica”, de João Nunes Maia, e o espírito de Miramez juntamente com meus parceiros de estudo do desenvolvimento mediúnico no grupo de estudo Don Bosco da Comunhão Espírita de Brasília.
Antes  mesmo de qualquer comentário e chegada do corpo do irmão desencarnado ao  Brasil.
Durante  a psicografia, senti um forte batimento cardíaco e, me via no recinto onde estava o corpo do irmão, sobre a mesa  de autopsia, vendo todo o trabalho de preparação daquele corpo sem vida para o transporte ao Brasil, em dupla visão enquanto era pelas minhas mãos passada a mensagem, de alguém que sentia a sua energia mas no momento não conseguia velo, só quando terminou  de transcrever, é que o vi rapidamente frente a frente, sem nada dizer até sumir. Sentia forte cheiro   de formol em todo o apartamento ao termino da mensagem. Sobek de Alcantara
Não escutando a voz da minha consciência, deixando-me levar pelo euforia – natural – do meu instinto, antecipei  hoje, 01 de maio, o meu retorno ao mundo dos espíritos. Não culpo outros. Varias foram as vezes em que fui alertado na minha trajetória, nas pistas de competição automobilística, principalmente nos últimos tempos. Eram  os mais simples pensamentos, que me falavam constantemente para abandonar as corridas,  até a falta de velocidade, e eu achando que era defeito do carro, o que na verdade não era. A falta de coragem em correr mais, `as vezes deixava-me muito irritado, tinha os meus compromissos, tinha um contrato, um público.  Tinha coragem sim.
Sonhei com este carro, com esta escuderia, só não sonhei  com a realidade. Não queria na verdade aceitar e acreditar que dentro de mim tinha  a voz intima que falava constantemente que o meu tempo tinha terminado para as corridas.
Não, não poderia aceitar um fracasso. Não era muito, bastava apertar um pouco mais o acelerador e ganhar mais velocidade. A cada dia que passava, cobrava mais o meu rendimento. Não respeitei o meu limite, achava muito pouco, não dei ouvidos a minha consciência,  chamando e alertando-me para o momento de parar.
Somente agora, neste momento, percebo a realidade.
Tinha alcançado a minha meta no “podium”,  como campeão por três vezes seguida, como ficou combinado no meu processo de retorno ao orbe terrestre.
A fortuna Bem cedo chegou a minha porta como prometido.vera o momento de parar e seguir o outro caminho já traçado e planejado por mim e meus preparadores espirituais ainda no plano espiritual. Menos perigoso, mas com muitos compromissos com esta grande  e rica nação, que sofre, por ser berço de tantos irmãos em provas que aqui aportam, indo de outras velhas e sofridas nações a quem tanto mal causaram.
Vozes outras, como disse anteriormente, chamavam-me para esses compromissos, mas fiz-me de surdo e cego para o alerta que recebia a todo o instante. Sem duvida, foi a vaidade interior que falou mais alto  dentro de mim. Foi o meu orgulho. Sair em busca  de uma velocidade maior, querendo mais, uma coisa que não estava  mais ao meu alcance, mas que queria a todo preço. Este foi o meu erro.
Ah!...lembro-me dos meus familiares cheios de ansiedade e preocupação, lá no sitio, alertando-me para o momento certo de deixar a corrida e cuidar dos meus negócios. Pareciam adivinhar, ou terem visto a gravidade da situação prestes a acontecer. Perdoem-me, meus anjos, perdoem-me.
 Certa vez, conversávamos sobre como conquistei a minha fortuna, até certo ponto, com certa “facilidade” para os dias atuais, pois há tantos e tantos jovens lutando,  chegando `a minha idade sem muitas conquistas. Fiquei a pensar sobre isto por algum tempo e senti uma vontade de, em breve, fazer alguma coisa por este povo, só que ainda não sabia o quê, mas logo teria uma boa idéia, pensei. Amo muito o meu país, vibro com o povo.
Prometi a eles – meus parentes - que, em breve, deixaria a  Formula1. Antes, porém, iria mostrar aos meus pares e ao meu público o quanto era capaz de dominar uma maquina veloz. Depois de sentir o máximo da velocidade, o ápice da minha realização, a meta perseguida por muito tempo. Pararia.
Este dia chegou, pensei. Hoje conseguirei, estava certo, mesmo preocupado com os últimos  acontecimentos com os meus parceiros de campeonato.
Mas nem tudo sai como  queremos se não estamos vigilantes e atentos para os nossos reais compromissos. E esta velocidade aguardava-me também, com muita ansiedade, provocando assim o meu  decesso,  deixando-me inteiramente frustrado.  E agora... ganhei ou perdi?
Dizem, Parentes queridos que socorreram, que estou aqui no plano espiritual, para o meu espanto, pois me sinto um tanto confuso, e que só mais tarde saberei avaliar melhor e compreender a minha situação. Só posso dizer que tudo que construí ficou para traz, como ficaram os meus negócios, a minha família, Adriana e meus amigos. Tudo passou.
Por varias vezes, e Frank Williams discutimos reservadamente sobre o meu limite de velocidade. Percebia a minha falta de rendimento para correr mais, facilitando assim outras escuderias a subirem no podium, o que deixava sem ponto neste campeonato. Isto me chateava, e ultimamente sentia uma certa frustração, não vendo um resultado satisfatório que fizesse jus ao meu contrato com Williams. O senhor Frank me dizia que temia eu não conseguir acompanhar a potência do motor do novo carro, tão bem preparado para mim, temendo chegar ao final da temporada com um baixo resultado.
Mais uma vez, e só agora, uma forte certeza me domina: a voz da minha consciência falava mais forte dentro de mim, alertando-me para o perigo que bem próximo estava. O acidente do Rubinho, a morte do companheiro da Áustria, foram, sem duvida, um forte aviso. Senti um abalo terrível, senti uma agonia muito grande, era tudo muito estranho. Lutei, debati, denunciei, mas não parei, não voltei a traz, não voltaria, nunca voltei. Provaria com a minha coragem, a minha equipe, que nós éramos os melhores. Provaria, era só esperar...
Antes de ir para o carro tive um encontro reservado com o Frank Williams, quando tivemos uma forte mas educada discussão. Frank cobrou-me um resultado positivo, pois o meu contrato estava ficando ameaçado. Pensativo e preocupado fui para o Box onde estava o meu carro, fiquei apoiado pensando por alguns segundos, quando veio a memória, como num filme, tudo quanto já tinha conquistado. Se eu quisesse poderia, naquele momento, jogar tudo para o alto e desfazer o contrato, mesmo com grandes prejuízos.
Tive vontade de voltar e dizer a ele que naquelas  atuais circunstancias não poderia, correr e, assim, deixaria a equipe naquele momento. Seria o certo?...apoiado ainda no carro, em estado de meditação, relembrei, não sei porque, da minha família e da conversa que tive, antes de partir para a corrida com Adriana sobre nossos planos. Lembrei do público que sempre esperou de mim um bom resultado, pois ainda era uma sombra de esperança, era um consolo para os seus e os meus problemas, que tanto temos passados juntos nestes últimos tempos em nosso pais. Pensei: Qual seria a reação se naquele momento deixasse de correr? ...fui tomado de uma vergonha até certo ponto infantil, era como se todos estivessem vendo e ouvindo os meus pensamentos.
 Tomei uma decisão, tirei aquele pensamento de minha mente e disse comigo mesmo. Se ganhar, e é isso que vai acontecer, fico somente esta temporada. Olhei para o carro e mentalmente falei com ele: Vamos lá meu rapaz! Vamos ` luta, ajude-me a ter forças  para juntos vencermos esta corrida.
Vou para o Grid de largada, muitos eram os pensamentos que corriam em minha mente. Foi  dada a largada para a volta de apresentação. Confiante em minha vitoria examinava e calculava todos detalhes possíveis da pista, criando estratégias para ultrapassagens sobre os meus adversários.
Voltamos ao Grid de para as nossas posições. Num rápido momento,  tive vontade de comentar o assunto com  os componentes da equipe, depois não achei mais interessante. Foi dada a largada e lá fomos nós para a disputa. Tudo corria bem, estava confiante, desta vez a vitoria era minha. Pouco depois, sinais para nova parada. Somos informados de problemas na pista.
De novo no grid, motores roncando mais forte, tomo o meu lugar, os demais buscando o seu melhor lugar, disparamos veloz. Passados alguns momentos em uma velocidade relâmpago algo estranho me domina. Ouvi a voz  de Frank Williams ao meu lado dizendo corra!...corra!... Homem! Este é o momento!... não, não poderia ser verdade, além de ouvir a sua voz, ele estava ali ao meu lado. Como poderia? Estava sentado junto de mim! Estaria ficando louco?...projetou-se a minha frente um vulto estranho em duas situações: da cintura para cima era a imagem de um oficial Frances,  N.B. sim era ele. Da cintura para baixio, um físico quase nu de um corredor de biga romana. Na visão de cima, de olhar para o alto, sorrindo como que querendo absolver o tempo. Uma voz, neste instante me disse: “você em uma época na frança; na outra  você em Roma como corredor de biga no comando de doze cavalos negros.” Ouvia vozes gritando e a voz me dizia: “são teus seguidores que te acompanham, já faz muito tempo, esperando sempre pela tua vitoria.”
O que estaria acontecendo? Não vejo mais ninguém, quero parar. Onde está o Frank Williams que estava aqui ao meu lado? É uma loucura tudo isso. Olho o retrovisor para me certificar do que estava acontecendo  ao meu redor. Não vejo os companheiros retardatários e sim a imagem fixa dos cavalos correndo El alta velocidade, como querendo alcançar-me. Volto o olhar para a frente, também não vejo nada familiar, só uma grande reta.  De repente,  um silêncio, me invade, só um estrondo percebo....
Olho para ambos os lados, estou só. Olho o retrovisor, não vejo mais ninguém, nem cavalos nem bigas. Olho para dentro do carro, não estou mais no carro moderno, não sou mais o corredor de formula 1. Sou sim um passado: no lugar do volante, pressas `as minhas mãos estão velhas e puídas  pelo tempo,  as rédeas  dos cavalos. Sou o próprio condutor  de uma velha biga, e os cavalos estão velhos e cansados pelo tempo. Vaias, muitas vaias para mim e para o meu  companheiro austríaco.
Foi ele, em outras vidas, e será por muito tempo, companheiro de provas reencarna tórias, dizem os que   aqui me socorrem neste momento. Também estava  vestido igual a mim, corria sobre uma velha biga a distancia, aguardando a minha chegada.
Enfim,  falou-me a voz, a voz da minha consciência, agora mais do que nunca viva, ali, frente a frente, sem esperar para depois a cobrança dos meus atos. Era como um porteiro de teatro a só deixar para  passar para o outro lado quando da apresentação do ingresso. Assim estava me sentindo e ouvindo a sua quase sentença: “Pronto. Meu amigo, prevaleceu a tua vontade. Terás agora que arcar com novas responsabilidades, não muito boas, pois só aumentastes compromissos, retardando outros tão importantes a resgatar com a tua grande falange de seguidores, todos ansiosos por esse dia tão espera que agora não aconteceu.  Ao antecipar a tua volta `a pátria dos espíritos, para onde todos terão que voltar um dia, a fim de prestar contas das provas no orbe terrestre, deixastes centenas e milhares de companheiros órfãos. `As vezes, temos que ter cuidado para não tornamos surdos e cegos quando em provas, causando um retorno ao mundo espiritual, muitas vezes desastroso.
Tinha  compromisso de resgate e débitos de vidas anteriores com irmãos que, agora órfãos, estão no orbe terrestre. Terás que esperar que todos retornem também para juntos de nós, ou melhor, para o teu núcleo e morada espiritual para onde serás encaminhado tão logo estejas restabelecido do choque que acabas de passar.  Como dizia; meu bom amigo, o teu compromisso não tinha terminado. Interrompestes muitas obras que eram para ser realizadas. Não me ouvistes; tantas foram as vezes que te alertei – como você próprio havia  me pedido antes da sua saída daqui para o orbe terreno - .
Era chegado o momento de uma nova caminhada em tua vida. Quando retornaste ao plano terreno para compromisso e resgates do teu passado, escolhestes parte de duas encarnações passadas, uma em Roma e outra da França. 
Estavas pronto, assim dizias – sim estava todos achamos antes de aqui chega -,  achavas que daria conta de teus compromissos, porém, fostes alertado para o risco, lembra-te?...prometestes  que depois de cumprida a primeira, na qual farias fortuna, dedicarias uma parte dela aos teus irmãos carentes e em prova contigo. É bem verdade que começastes, sem duvida. Era este o momento de parar e prepara-se para uma nova vida.este era o sinal combinado, pois estes irmãos iriam te procurar e, através do teu amor por eles, novos caminhos surgiriam.  Quero lembrar-te, nobre coração, que estes irmãos foram e serão, por muito tempo, teus seguidores. Quando chefe de nação  que foste em uma outra época, levastes tantos contigo, pelas tuas idéias, de lutarem pelo poder e domínio do mundo `a época. O que não foi possível pela tua força. Nunca será.
Prometestes juntamente com eles, os que são fieis, voltarem juntos, espalhado-se por varias partes do planeta, tendo o Brasil como grande núcleo, certos do teu amoroso apoio no resgate de suas provas. Só que agora seria diferente, conquistarias o mundo pelo amor, pelos bons atos, como ficou aqui acertado, lembra-te?
Fostes avisado para não caíres em novas falhas. Fiquei todos este tempo de guarda induzindo-te mensagens, mas nada adiantou. Nada, também fracassei, bondoso irmão.
Repito: tudo foi feito para não fracassares na tua segunda etapa, que seria a mais dolorosa. Lembro-te, novamente,  que por varias vezes, quando eras preparado para este reencarne, fostes aconselhado para uma reflexão e compreender que seria melhor trazeres apenas um compromisso, uma  só prova. Aquela que falava mais alto. A vaidade.
Deixaria a outra para uma nova oportunidade. Quanto a segunda, ainda no orbe terreno antes de retornares a esta pátria, sentistes a humilhação da prisão, da humilhação  e do abandono, enclausurado e sem ninguém.  O que fez com que aqui chegasse resignado. Mas a tua vontade em ajudar a tantos  que um dia que um dia seguiram-te, e por te achares desejoso e preparado para ajudá-los, querendo assim com eles, resgatar seus débitos, voltaram todos confiantes, com o seu líder de sempre. Agora seria diferente, todos estavam prontos para a grande jornada, a grande prova. Tudo conforme foi planejado, desde os avisos até o sinal que marcaria a grande união. A sua inseparável bandeira. A bandeira do Brasil. 
Terias como ponto culminante, aos quarenta e cinco anos de idade, novamente o poder de governar o pais onde nascestes, depois de passar por uma grande e forte turbulência. Juntamente com parte de teus irmãos de provas, e levado por outros tantos, tomarias as rédeas de uma nação, consolidando, como um grande rei bondoso, uma obra magnífica para com o seu povo. Terias  a tua frente a fraternidade, a tua direita o amor, a tua esquerda a caridade. Teu compromisso maior  seria voltado para dentro da tua nação, com teus irmãos em prova, gerando prosperidade, servindo de exemplo a todos os governantes do mundo. Levarias através da tua sabedoria, lições como cavaleiro andante que és, uma nova era, tornando-se exemplo para os próximos milênios do orbe terrestre.
Por fim meu bom amigo, terminarias teus dias  como um dirigente de uma organização que reúne as varias nações do mundo”.
A reta continuava sem fim, sentia-me sonolento, não ouvi mais a voz, fui sentindo um adormecimento... uma voz foi acalentando-me, tudo foi se tornando em um silêncio profundo. Queria falar, mas não tinha forcas, estava anestesiado. Só ouvia agora canto suave...dormi...
Airton Senna
a sua consciência

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