Data
de 1867 o estudo preliminar sobre as nações indígenas do Brasil, tendo como
responsáveis João Batista Von Spix e Carlos Frederico Felipe Von Martins. Logo
em seguida veio a contribuição de Carlos Von Den Stein, revista e ampliada em
1940 pelo sábio Paulo Enrenreich. Tornou-se famosa pela divisão
tri-partida: Tupis-Guaranis, Nu-Aruaques e Caraíbas.
Anos
mais tarde, graças `a interferência de Rodolfo Garcia, surgiu novo trabalho
acerca das pesquisas de Paulo Enrenreich, com o lançamento de outra nação, a
dos Jés, largamente espalhada em todo o território nacional. Em tal
oportunidade é que apareceram
investigações sobre os Borôros, Carajás, Trumaís e Nhambiquaras. Estes revelados pelo general Cândido Rondon e
Roqueti Pinto, na área de Rondônia.
Estudados
do ponto de vista lingüístico, eis uma das classificações dos silvícolas
brasileiros – a de Capistrano de Abreu: 1) Tupis;
2) Cariris;
3) Jês;
4) Caraíbas;
5) Maipures;
6) Guaicurus;
7) Charruas;
8) Minuanos;
9) Panos.
Por
Tupi-Guaranis entenderam-se todas as tribos indígenas sul-americanas. A
expressão Tupi-Guarani é por si
mesma vaga e imprecisa. Abrangeu populações existentes, nos primórdios, nas
bacias fluviais do Amazonas, Paraná e São Francisco. Tribos que pervagaram
ainda os territórios do Brasil, Uruguai, Paraguai, Norte da Argentina, quase
toda a Bolívia e Guianas. Eis alguns grupos Tupis-Guaranis:
Amniapé, Amoipira, Anambé, Apanto,Apapocuva,Apiacá, Apigapictanga, Araboiara, Ararape, Aracajú, Araras, Are,
Ariquém, Aruá, Auetó, Avakukuai, Avachiripa,
Boca Negra,
Caeté, Caiabi, Calioua, Camaiurá (canoeiros),Canoé(caripuna), Caririana, Caraíbas, Cheiru,
Digiit,
Emerilon,
Guaiaqui, Guaia, Guaiajara,Guakuara, Guaracaio, Guaiapi,
Jacundá, Jurimágua,
Kepriwat,
Makurape, Makiri, Manaié, Manajó, Manitisua,(Mbia),
Mequém, Miranha, Monde, Muriapintanga,
Naimiguara, Ntogapid,
Oguaiva,
Paiguaçu, paraiá, Prariana, Parintintim, Pawaté, Potiguara,
Sanamaikã, Sirionó,
Tabajara, Tamoios, Tañyguá, Tapanhoangukum, Tapieté, Tapiná, Tapirauha, Tembé, Temiminó, Timaona, Tupari, Turiuara,
Uaraguaçu, Uruburu ou Urubu, Urucu, Urami,
Viatã,
Warategaya, Wirafed,
Xibitaona e
Yvytyiguá.
Amniapé, Amoipira, Anambé, Apanto,Apapocuva,Apiacá, Apigapictanga, Araboiara, Ararape, Aracajú, Araras, Are,
Ariquém, Aruá, Auetó, Avakukuai, Avachiripa,
Boca Negra,
Caeté, Caiabi, Calioua, Camaiurá (canoeiros),Canoé(caripuna), Caririana, Caraíbas, Cheiru,
Digiit,
Emerilon,
Guaiaqui, Guaia, Guaiajara,Guakuara, Guaracaio, Guaiapi,
Jacundá, Jurimágua,
Kepriwat,
Makurape, Makiri, Manaié, Manajó, Manitisua,(Mbia),
Mequém, Miranha, Monde, Muriapintanga,
Naimiguara, Ntogapid,
Oguaiva,
Paiguaçu, paraiá, Prariana, Parintintim, Pawaté, Potiguara,
Sanamaikã, Sirionó,
Tabajara, Tamoios, Tañyguá, Tapanhoangukum, Tapieté, Tapiná, Tapirauha, Tembé, Temiminó, Timaona, Tupari, Turiuara,
Uaraguaçu, Uruburu ou Urubu, Urucu, Urami,
Viatã,
Warategaya, Wirafed,
Xibitaona e
Yvytyiguá.
Estevão
Pinto descobriu na Amazônia entre outras, as seguintes tribos vinculadas aos Tupis: Araras, Bocas
Negras, Jurimáguas ou Solimões, Miranhas, Parintintins e Uruburus ou Urubus.
Já
está posto em ressalte, em capítulos anteriores, que o indígena da Amazônia foi submetido a duras provações e
barbaridades, pelos invasores da época individos completamente ignorantes em
todos os sentidos do termo. De gênio pacifico, curiosos, entrava logo nas áreas
que estavam sendo povoadas. Já, de índole rebelde, tinha pela frente os homens das chamadas
Tropas de Guerras, que não lhes davam tréguas. Esse processo é que sofreu
grandes alterações quando entraram em ação as Missões Religiosas.
A intercessão
de tais Missões , porem, nos
trabalhos de chamamento do filho das brenhas, não obedeceu a um plano, nem
trouxe, ate certa fase, resultado positivo. Jesuítas, mercedários,
franciscanos, carmelitas, foram chegando a pouco e pouco. Incompreendidos pelos
interessados na cata das drogas e no apresamento do silvícola.
Com
a visita do padre Antonio Vieira ao teatro dos acontecimentos – a Belém do
Pará, onde prescrutou com olhos de lince; ao estuário do Rio Amazonas e a ilha
do Marajó – houve como que uma retomada de posição para a obra da catequese e
do povoamento, sem as violências que vinham sendo cometidas.
Depois
de percorrer aquelas áreas, com a percuciência de autentico privilegiado da
inteligência, quer como salvador de almas, quer como condutor de homens, voltou
Antonio Vieira `as plagas lusitanas, a fim de reivindicar as medidas assecuratórias
de seu apostolado. Contou para isso com o apoio da coroa portuguesa. Logrou
alcançar a proteção imprescindível, através da lei de 1653, com os descimentos
disciplinados. Escolhidos os diretores
das tropas de resgate pelos religiosos, não haveria mais o perigo de irregularidades
na escolha dos preados.
Os
Jesuítas se tornaram, dai por diante, muito visados pelos que viviam da
ESCRAVATURA VERMELHA. Dessa posição
de defensores da liberdade resultou insidiosa campanha de detrações. Chegaram a
meandros dos rios acima citados, quaisquer que fossem os sacrifícios a
dispender. Trabalho de
devassamento sem contemporizações.
Para
esse empreendimento pioneiro, eram reduzidos os brancos, soldados e
trabalhadores indispensáveis no próprio arraial do Presépio. Tudo teria que ser
feito com ingentes esforços. Logo
depois da fundação – deixou bem
claro Arthur Porto, em seus livros preciosos – a população de Belém contava
apenas com 80 habitantes. Casas de pau-a-pique, completa escassez de gêneros
alimentícios, e o forte de pedra e cal. Mais o templo da igreja e conventos que
residências, na opinião de um cronista.
Dai
o surgimento, em 1626, das tropas de resgate e das tropas de guerra. Aquelas
organizadas `as expensas da Fazenda Real ou articuladas `a revelia das
autoridades, agindo clandestinamente.
Continua
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