ORELLANA “O ADELANTADO”
Do
Napo atingiu a pequena expedição de Francisco Orellana o Marañon. Um bergantim e quatro canoas, assim `a
maneira de casca de nozes perdidas no caudal de proporções quase infinitas,
anulando, em caráter irrecorrível, qualquer tentativa de retorno ao ponto de
partida. Contemplando-o, desmesurado e caudaloso – na visão de festejado homem
de letras – devem ter se dilatado as pupilas dos reinóis, aturdidos com os
cenários da imensa mesopotâmia.
O
episódio impressionou vivamente o comandante das embarcações minúsculas, que
pela primeira vez sulcavam as águas do <<rei dos rios>>. O altivo
navegante interessou-se por tudo. Manifestou o desejo de ver anotados os pontos
percorridos, com discriminação de aclives e tributários. Margens poéticas, cobertas de
exuberante vegetação. Hostilidade visível dos habitantes das margens, que
impediam desembarques dos perscrutadores. Devemos observar aqui que enquanto os
invasores estrangeiros impunham o seu poder de mando e poder, sofreram
humilhações desde o efeito da natureza ate dos nativos. Despreparados ficaram a
mercê de alguns mais sábios nativos que os ensinaram que ali eles eram os
conheciam e poderiam ajudá-los. Assim o mestre de construção naval, seguindo os
conselhos daquela gente, pode fazer barcos que não fossem tão grandes para que
assim fosse possível conviver com o caudaloso e nobre rio dos grandes rios. Ai
tiveram uma lição de vida e sabedoria.
Diligente
e operoso, por sua vez no desempenho do cargo de escrivão, frei Gaspar de
Carvajal procurou consignar todas as ocorrências. Caudal de dimensões esmagadoras, na largura e no volume
d’água. Flores opulenta, cheia de
espécimes que atraiam irresistivelmente os visitantes – e atraem até os dias de hoje em pleno século XXI. Só não podemos deixar
exagerar como os produtores incompetentes que fizeram um filme idiota de nome
ANACONDA, simplesmente ridículo, mais ridículo ainda os que se deixam acreditar
em tal coisa. Ou naqueles que se deixam acredita que existem chás selvagens que
vai resolver as suas vidas para melhor - . Colheita de frutos, porem, de
todo em todo difícil, em razão da irritante e natural, vigilância das tribos.
Nada obstante a presença de interpretes. Fracassaram no mais das vezes os
planos de ligação.
A 3
de junho de 1542, atingiram as embarcações a foz do Rio Negro, e a 10 do mesmo mês chegaram ao cruzamento do
rio Madeira com o Rio Mar. Capitulo dos mais emocionantes foi, não ha negar-se,
o encontro `as margens do Rio Nhamundá entre os tripulantes das embarcações
espanholas e os silvícolas ali instalados. Embora não tomados de surpresas –
pois os Apariás deram informações sobre a existência da tribo exótica – a
reação dos nativos, em rigor, excedeu de muito `a expectativa. Chegaram a ser
identificados – consoante o relatório de frei Gaspar de Carvajal – nos oito ou
dez que prostrados ao solo, em conseqüência de ferimentos recebidos. Desse
encontro, que passaria `a historia, a 23 de julho de 1542, já se ocuparam
numerosos escritores, estrangeiros e nacionais. Do local exato do entrevero `as
características das amazoníndias
rebeldes. Do interesse despertado pelos expedicionários `a mentalidade cevada
em criações mitológicas.
A
realidade é que se a luta entre uma tribo na altura do rio Nhamundá com os
castelhanos – local que poderia ser investigado por arqueólogos, se de
interesse das autoridades – que desciam desaforados. loucos por seus sonhos em
por as mãos em uma suposta e lendária riqueza cantada de boca em boca por
muitos fantasiosos e sonhadores que por lá a muito navegavam antes, muitos
antes de castelhanos e portugueses. A comparação que veio `a baila, ou seja que foi criada, e ensejou depois a denominação de
AMAZONAS `as íncolas agressivas, essa foi de inteira responsabilidade de
Francisco Orellana. Tudo deixou
crer que os súditos do rei Carlos V admitiram nas mencionadas combatentes – por
sinal algumas abatidas pelos arcabuzes
da turma desastrada e gananciosa de Francisco Orellana – as êmulas da Capadócia, quer pelo vigor físico,
quer pela destreza no manejo do arco e flecha. O que vemos aqui é o total
desrespeito dos invasores pelos seres que aqui habitavam, sempre na posição de
mando e superioridade, poucos pouquíssimos momentos, em que eles – invasores –
se curvaram a sabedoria local. Pois
naquela região no chamado novo continente existiam homens sábios, muito sábios.
Com
tantas mortes, que foram cometidas contra o povo que lá vivia as chamadas
Amazonas por Orellana poderia ser o desespero das famílias, já sem seus homens
para defende-las e assim terem que se atirar em defesa dos poucos indefesos,
crianças e velhos, e delas mães, aqueles homens não tinha coração só tinham
ganância. A visadas quem sabe, tomaram essa defesa. Mesmo assim o nome as
homenageias, como símbolo da força feminina amazonense. Sabe-se hoje que foram
muitos centenas que tombaram não só na região da Amazônia como um todo; mas em todo o
continente. Possivelmente, se os invasores seguissem os caminhos de seus
antecessores o mundo todo saberia muito mais coisas que sem duvida ajudaria no
aprimoramento da nossa evolução, poderiam ter descoberto que os Vikings correram por toda TERRA NOVA as
Américas, em busca de alternativas para o seu povo, exploraram muito a madeira
para fazerem seus barcos. Vamos encontrar na sua linguagem termos como MANI, no
povo amazônico ela esta presente também - MANIoca ou mandioca -, outra palavra
curiosa é Yggdrasil. Eles acreditavam que o mundo
era dividido em “andares” e todos estavam unidos a uma enorme árvore, chamada, Aggdrasil. Temos a arvore pau Brasil, coincidência?
No verão de 2007 estive visitando um cidade perto de Toronto onde moro, por nome Midland onde fui conhecer o museu indígena e ao entrar em uma grande Oca
– casa – que lembra as casas do Vikings e a dos nossos nativos do Brasil dos nativos uma coisa me
chamou a tenção, era um velho pilão, pilão!?... logo veio a minha mente os
muitos pilões da nossa gente nativa no meio da selva. Coincidência de
pensamento? Ou alguém os ensinou a fazer um pilão? Como essa cultura foi
introduzida igual em povos tão distante? A forma de construirmos as nossas
canoas sobre costelas de madeira em laminas, tem a mesma formação dos barcos do Vikings, no rio São
Francisco as carrancas na frente dos barcos, lembram, os barcos dos Chineses e Vikings, coincidência? SE
ORELLANA e sua turma de
salteadores fossem mais educados,
como foram os Viking e Chineses que por essas terras americanas andaram,
exploraram e possivelmente se acasalaram com as nativas teriam passado para nós
uma outra historia de suas aventuras. Os primeiros – Vikings não fora os bárbaros decantados em
historia em quadrinho, ele souberam chegar aos lugares como as Américas,
deixaram e levaram conhecimentos, os segundos – chineses – da mesma forma, é
possível ate que o manuseio da cerâmica, no fabrico de panelas de barro tenha
origem nos ensinamentos do conhecimento chinês que os teria ensinado o processo
de queima, os desenhos marajoaras também, a queima das cuias em Santarém no
Para com tintura preta é uma outra hipótese. Orellana pelo seu se perdeu na sua
historia, e assim criou fantasias para não ser punido em sua volta a sua terra
é o que pode ser deduzido.
Homem
de seu século, amante de aventuras e galanteador – na autorizada opinião de insígne
historiador –
substituiu o comandante castelhano a denominação Orellana, ao rio que vinha descendo, por AMAZONAS, em
homenagem `as denodadas antagonistas. Talvez sem calcular que estivesse se
perpetuando nas paginas da historia, como fixador de uma das mais singulares
designações do mundo. Não foi, pelo que positivou, um megalômano – como tem insinuado
certos ensaístas – mas se impõe como homem inteligente.
Tomadas
as providencias imprescindíveis `a efetivação da longa e alvoroçada aventura,
alcançou a embocadura do Rio
Amazonas em 24 de agosto de 1542, e dai seguiu o navegante com destino a Cubágua
no Caribe próximo a ilha Margarita na Venezuela. De lá, em embarcações fretadas, na referencia de alguns
investigadores, dirigiu-se ` Espanha.
Aqui encontramos um lado curioso
desse aventureiro e sua turma. Se estavam em deslocamento em pequenas canoas
como foi que ao chegar na foz do Rio Amazonas já mar aberto no Para possivelmente passaram na ilha de Marajó, como
conseguiram chegar na hoje Venezuela?
Já existia alguém a espera para levá-los de volta a tão distante ponto
no Caribe? Isto que dizer que já a essa altura o movimento de navegantes na
região era muito. Ao ponto de ser fácil o aluguel de barcos para voltar ao
continente europeu. Frei Gaspar de Carvajal omitiu este detalhe, porque? Em tal oportunidade viu-se
assediado por propostas as mais tentadoras. De Lisboa recebeu convite para
colaborar no programa de conquistas de D. João III. Atento, porém, aos compromissos assumidos, de
expandir cada vez mais os domínios da Espanha – permaneceu inacessível `as
vantagens que lhe foram apontadas. Em surdina, como era de seu habito, chegou
`a pátria, na convicção de que algo havia de conseguir de seu soberano.
O
silêncio por ocasião de sua chegada, todavia – como frisaram certos autores –
deixou-o meio aturdido. Pareceu-lhe
um tanto estranho tal alheamento, em época de acaloradas manifestações
aos que se atiravam a comportamentos assim. Veio depois o esclarecimento. É que
os de tratores, como é de costume em todas as épocas e em todos os meios, já naqueles tempos em crescido número,
pois não tinham o que fazer além disso, espalharam aos quatro ventos a calunia
para destruir o navegador: Francisco Orellana vinha de uma traição inominável
segundo eles a Gonçalo Pizarro.
Na
interpretação dos que lhe negavam a aureola de herói, a descida pelo grande rio
obedecera aos incontroláveis impulsos da ambição, em detrimento do chefe que
nela confiava. Fora mais além: ultrajaram
sua dignidade, citando até a versão dos <<cruzados-ouro>> e das
<<ricas esmeraldas>>, conduzidos como <<carga
preciosa>>. Subestimaram as razões verdadeiras da presença de Francisco Orellana
como vanguardeiro da jornada gigantesca, através da portentosa aventura.
Convergiram os comentários apenas para o suposto abandono de Gonçalo Pizarro, como
trânsfuga – oprimido – merece-dor da execração – odiado, detestado - pública.
A maldade humana atingindo `as raias do paroxismo. Era lidar como um povo mais
que ignorante `a época, que quase nada sabiam, há não ser falar mal para
tirarem proveito próprio para as suas sobre vivências era o mundo antigo sem ter
muito o que oferecer de bom por parte dos humanos.
Desconhecendo,
por outro lado, os perigos da navegação no caudal vertiginoso, nem ao menos
podiam fazer uma idéia aproximada do empreendimento realizado pelos marujos
valorosos. Descida por um rio
inteiramente desconhecido, assombroso pelo seu volume d’água, em cujas margens a morte espreitava a cada passo.
Infestado de tribos avêssas a
qualquer entendimento – da forma como eles queriam -. Em vez de
encontros conciliatórios, as ferozes correrias pelas pelas orlas da selva
bruta. Orellana Pizarro e toda a sua turma não sabiam que na selva os nativos saiam se comunicar a
distancia e por velozes mensageiros que conheciam na palma de suas mãos todo o
território que nasceram, quando os invasores começaram a penetrar o grande rio
a noticia já tinha chegado a todas as tribos e sabiam que eles eram matadores e
destruidores, roubavam o que encontravam, ou seja eram uns assassinos e ladrões
na linguagem atual.
A
entrevista com o rei Carlos V, ao qual expôs, com toda a franqueza, o
desempenho do compromisso para o trono, assegurou a completa reabilitação
de Francisco Orellana. Embargo
algum foi levantado `as argumentações. Porque a consciência lhe deu a necessária
resistência. Dispôs de admiráveis
elementos comprobatório. Incluindo
a historia criada por ele sobre as mulheres guerreiras deixando assim o
rei fascinado com as belas galanteadoras historias de um bom aventureiro; Orellana tinha muita lábia e sabia usar
desse poder. O próprio conselho das Índias, tão severo nos julgamentos, nenhuma
restrição apresentou sobre seu procedimento.
Outras
provas lhe foram favoráveis, dentre elas o relatório de viagem de Frei Gaspar
de Carvajal e uma carta da lavra de Gonçalo Pizarro. Do relatório ressaltou a
reunião, dias antes da partida para o desconhecido, na qual, com a sinceridade que era um dos traços de sua
personalidade, solicitou exoneração do comando da modesta expedição. Foi nessa
oportunidade que recebeu, não só a solidariedade de seus companheiros, mas
ainda o titulo de <<Capitão da Conquista>>. Lavrou-se ata desse
momento culminante, com as assinaturas de praxe. A carta de Gonçalo Pizarro,
datada de 30 de setembro, colocou-o em honrosa posição perante a pátria.
Desvencilhou-se
Francisco Orellana muito bem de todas as assacadilhas. Alem do titulo de
<<Adelantado>>, que lhe foi deferido, obteve autorização para retornar ao Novo Mundo, com as
prerrogativas de <<Gobiernador e Capitan General>> das terras
conquistadas. Terras que iriam construir a <<Nova Andaluzia>>.
Tais
distinções, raríssimas e por isso mesmo altamente nobilitantes, eliminaram
qualquer suposição restritiva ao heroimos do administrador de Guaiaquil.
Arrefeceram a gana vulpina dos desafetos. Desarticularam a sanha sinistra
daqueles que tramaram na sombra, porque só na sombra podiam e podem delinqüir
este tipo de indivíduos, muito comum em todas as sociedades, em todas as
épocas.
Influenciado
pelas contingência da época e,
pois, pelo espírito de aventura
dominante, procurou Francisco de Orellana desobrigar-se da segunda penetração,
nada obstante as condições estranguladoras, que lhe foram ditadas, por exemplo:
as despesas por sua conta. Isto hoje no Brasil seria um fracasso, ninguém quer
investir seu dinheiro em nada e sim comer o dinheiro do povo pelas portas do
governo, e se for pego em falhas, tem o direito constitucional de não abrir a boca.
Que pais é este, falta as primaveras funcionarem. Dessa forma imposta pelo rei,
que tirou o dele da reta, e fez bem, valeu-se primeiro dos recursos do seu
pai, demasiado exíguos – poucos
recursos, e perderia muito mais, tudo, pela ganância do filho sonhador de
sonhos irreais que se inventavam na época -. Recorreu ele a outras fontes, e nelas se muniu do
indispensável. Conseguiu as embarcações,
o aprovisionamento e o pessoal. Duzentos infantes e oito religiosos,
todos completamente despreparados, sem noção alguma da realidade que iriam
vivenciar.
Tamanhos
os embaraços, uns de ordem financeira e outros de ordem jurídica – inclusive a
interpretação sobre a vigência do Trado de Tordesilhas – que só a 11 de maio de
1545 logrou a armada zarpar do porto de São Lucas.
Orellana
de olhar firme no horizante deixa para traz e sem perceber que seria para
sempre a vista de uma terra déia São Lucas que inconscientemente,
rapidamente, lança o seu ultimo
olhar.
A
viagem seria marcada, porem, de sérios obstáculos, a começar pelo contingente
humano sem preparo técnico, que as viagens transoceânicas exigiam. Daí
bergantins desgarrados e buscas inúteis. Descrenças por parte da tripulação
provocado pela monotonia da viagem em alto mar dias e dias sem ver terra, todos
ilhados em um reduzido espaço. Desalento dominante entre os próprios
responsáveis pela tentativa de acreditar no projeto de Orellana.
Quando
em fim as embarcações que sobraram das perdas em alto mar, entraram na barra do
Mar Dulce, eis que os navegantes se tomaram de duvidas sobre o roteiro que
deveriam seguir – e ate hoje, mesmo com toda a tecnologia que temos subir o Amazonas querer um bom pratico
para alcançar os pontos desejados, no Rio Negro depois de sua maravilhosa baia,
existe um complexo labirinto de ilhas, as “ANAVILHANAS” que somente um pratico
da região é capaz de seguir viagem com sucesso -.
Era
como se criasse imensas barreiras o labirinto de ilhas e o horizonte lhes
pareciam tudo igual, sem referência
alguma. Um grande problema. Orellana não levou em conta que da outra vez
ele desceu o rio era um cenário e dessa vez estava subindo era um outro cenário
dai uma das maiores dificuldades que sentiu.
Outros
marítimos iriam conhecer as mesmas dificuldades, em situações semelhantes. Nas
passagens coincidentes com as tempestades, que `a entrada do majestoso
anfiteatro causavam tão funestos prejuízos. Quando a pororoca – fenômeno que
acontece no encontro do rio Amazonas com o mar Atlântico no Estado do Pará –
por exemplo, se desloca enfurecida, levando de roldão tudo que vai encontrando
pela frente por légua e léguas, embarcações suprimentos etc...
E
foi nesse ainda hoje emaranhado de
furos e canais que Francisco
Orellana volto para prestar contas com aqueles que ele vidas, muitas vidas
tirou na busca da ganância que nunca alcançou. Alguns historiadores dizem que
ele ali entregou a sua vida a Deus, em 1546, sem ver realizado seus sonhos de
opulência, para si e para a Espanha, que tanto amou.
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