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sexta-feira, maio 25, 2012

AMAZONIA – parte 4 –


ORELLANA “O ADELANTADO”
Do Napo atingiu a pequena expedição de Francisco Orellana o Marañon.  Um bergantim e quatro canoas, assim `a maneira de casca de nozes perdidas no caudal de proporções quase infinitas, anulando, em caráter irrecorrível, qualquer tentativa de retorno ao ponto de partida. Contemplando-o, desmesurado e caudaloso – na visão de festejado homem de letras – devem ter se dilatado as pupilas dos reinóis, aturdidos com os cenários da imensa mesopotâmia.  
O episódio impressionou vivamente o comandante das embarcações minúsculas, que pela primeira vez sulcavam as águas do <<rei dos rios>>. O altivo navegante interessou-se por tudo. Manifestou o desejo de ver anotados os pontos percorridos, com discriminação de aclives e tributários.  Margens poéticas, cobertas de exuberante vegetação. Hostilidade visível dos habitantes das margens, que impediam desembarques dos perscrutadores. Devemos observar aqui que enquanto os invasores estrangeiros impunham o seu poder de mando e poder, sofreram humilhações desde o efeito da natureza ate dos nativos. Despreparados ficaram a mercê de alguns mais sábios nativos que os ensinaram que ali eles eram os conheciam e poderiam ajudá-los. Assim o mestre de construção naval, seguindo os conselhos daquela gente, pode fazer barcos que não fossem tão grandes para que assim fosse possível conviver com o caudaloso e nobre rio dos grandes rios. Ai tiveram uma lição de vida e sabedoria.
Diligente e operoso, por sua vez no desempenho do cargo de escrivão, frei Gaspar de Carvajal procurou consignar todas as ocorrências. Caudal de dimensões  esmagadoras, na largura e no volume d’água.  Flores opulenta, cheia de espécimes que atraiam irresistivelmente os visitantes – e atraem até os dias de hoje em pleno século XXI. Só não podemos deixar exagerar como os produtores incompetentes que fizeram um filme idiota de nome ANACONDA, simplesmente ridículo, mais ridículo ainda os que se deixam acreditar em tal coisa. Ou naqueles que se deixam acredita que existem chás selvagens que vai resolver as suas vidas para melhor - . Colheita de frutos, porem, de todo em todo difícil, em razão da irritante e natural, vigilância das tribos. Nada obstante a presença de interpretes. Fracassaram no mais das vezes os planos de ligação.
A 3 de junho de 1542, atingiram as embarcações a foz do Rio Negro, e a 10  do mesmo mês chegaram ao cruzamento do rio Madeira com o Rio Mar. Capitulo dos mais emocionantes foi, não ha negar-se, o encontro `as margens do Rio Nhamundá entre os tripulantes das embarcações espanholas e os silvícolas ali instalados. Embora não tomados de surpresas – pois os Apariás deram informações sobre a existência da tribo exótica – a reação dos nativos, em rigor, excedeu de muito `a expectativa. Chegaram a ser identificados – consoante o relatório de frei Gaspar de Carvajal – nos oito ou dez que prostrados ao solo, em conseqüência de ferimentos recebidos. Desse encontro, que passaria `a historia, a 23 de julho de 1542, já se ocuparam numerosos escritores, estrangeiros e nacionais. Do local exato do entrevero `as características das amazoníndias rebeldes. Do interesse despertado pelos expedicionários `a mentalidade cevada em criações mitológicas.
A realidade é que se a luta entre uma tribo na altura do rio Nhamundá com os castelhanos – local que poderia ser investigado por arqueólogos, se de interesse das autoridades – que desciam desaforados. loucos por seus sonhos em por as mãos em uma suposta e lendária riqueza cantada de boca em boca por muitos fantasiosos e sonhadores que por lá a muito navegavam antes, muitos antes de castelhanos e portugueses.  A comparação que veio `a baila,  ou seja que foi criada, e ensejou depois a denominação de AMAZONAS `as íncolas agressivas, essa foi de inteira responsabilidade de Francisco Orellana.  Tudo deixou crer que os súditos do rei Carlos V admitiram nas mencionadas combatentes – por sinal algumas abatidas pelos arcabuzes  da turma desastrada e gananciosa de Francisco Orellana – as êmulas  da Capadócia, quer pelo vigor físico, quer pela destreza no manejo do arco e flecha. O que vemos aqui é o total desrespeito dos invasores pelos seres que aqui habitavam, sempre na posição de mando e superioridade, poucos pouquíssimos momentos, em que eles – invasores – se  curvaram a sabedoria local. Pois naquela região no chamado novo continente existiam homens sábios, muito sábios.
Com tantas mortes, que foram cometidas contra o povo que lá vivia as chamadas Amazonas por Orellana poderia ser o desespero das famílias, já sem seus homens para defende-las e assim terem que se atirar em defesa dos poucos indefesos, crianças e velhos, e delas mães, aqueles homens não tinha coração só tinham ganância. A visadas quem sabe, tomaram essa defesa. Mesmo assim o nome as homenageias, como símbolo da força feminina amazonense. Sabe-se hoje que foram muitos centenas que tombaram não só na região da Amazônia  como um todo;  mas em todo o  continente. Possivelmente, se os invasores seguissem os caminhos de seus antecessores o mundo todo saberia muito mais coisas que sem duvida ajudaria no aprimoramento da nossa evolução, poderiam ter descoberto que os  Vikings correram por toda TERRA NOVA as Américas, em busca de alternativas para o seu povo, exploraram muito a madeira para fazerem seus barcos. Vamos encontrar na sua linguagem termos como MANI, no povo amazônico ela esta presente também - MANIoca ou mandioca -, outra palavra curiosa é   Yggdrasil. Eles acreditavam que o mundo era dividido em “andares” e todos estavam unidos a uma enorme árvore, chamada,  Aggdrasil. Temos a arvore pau Brasil, coincidência? No verão de 2007 estive visitando um cidade perto de Toronto onde moro, por nome  Midland  onde fui conhecer o museu indígena e ao entrar em uma grande Oca – casa – que lembra as casas do Vikings e a dos nossos nativos do Brasil  dos  nativos uma coisa me chamou a  tenção, era um velho pilão, pilão!?... logo veio a minha mente os muitos pilões da nossa gente nativa no meio da selva. Coincidência de pensamento? Ou alguém os ensinou a fazer um pilão? Como essa cultura foi introduzida igual em povos tão distante? A forma de construirmos as nossas canoas sobre costelas de madeira em laminas,  tem a mesma formação dos barcos do Vikings, no rio São Francisco as carrancas na frente dos barcos, lembram, os barcos dos  Chineses e Vikings, coincidência? SE ORELLANA   e sua turma de salteadores  fossem mais educados, como foram os Viking e Chineses que por essas terras americanas andaram, exploraram e possivelmente se acasalaram com as nativas teriam passado para nós uma outra historia de suas aventuras. Os primeiros – Vikings  não fora os bárbaros decantados em historia em quadrinho, ele souberam chegar aos lugares como as Américas, deixaram e levaram conhecimentos, os segundos – chineses – da mesma forma, é possível ate que o manuseio da cerâmica, no fabrico de panelas de barro tenha origem nos ensinamentos do conhecimento chinês que os teria ensinado o processo de queima, os desenhos marajoaras também, a queima das cuias em Santarém no Para com tintura preta é uma outra hipótese. Orellana pelo seu se perdeu na sua historia, e assim criou fantasias para não ser punido em sua volta a sua terra é o que pode ser deduzido.
Homem de seu século, amante de aventuras e galanteador – na autorizada opinião de insígne    historiador – substituiu o comandante castelhano a denominação  Orellana, ao rio que vinha descendo, por AMAZONAS, em homenagem `as denodadas antagonistas. Talvez sem calcular que estivesse se perpetuando nas paginas da historia, como fixador de uma das mais singulares designações do mundo.  Não  foi,  pelo que positivou, um megalômano – como tem insinuado certos ensaístas – mas se impõe como homem inteligente. 
Tomadas as providencias imprescindíveis `a efetivação da longa e alvoroçada aventura, alcançou a embocadura  do Rio Amazonas em 24 de agosto de 1542, e dai seguiu o navegante com destino a Cubágua no Caribe próximo a ilha Margarita na Venezuela.  De lá, em embarcações fretadas, na referencia de alguns investigadores, dirigiu-se ` Espanha.  Aqui encontramos um lado curioso desse aventureiro e sua turma. Se estavam em deslocamento em pequenas canoas como foi que ao chegar na foz do Rio Amazonas já mar aberto no  Para possivelmente  passaram na ilha de Marajó, como conseguiram chegar na hoje Venezuela?  Já existia alguém a espera para levá-los de volta a tão distante ponto no Caribe? Isto que dizer que já a essa altura o movimento de navegantes na região era muito. Ao ponto de ser fácil o aluguel de barcos para voltar ao continente europeu. Frei Gaspar de Carvajal omitiu este detalhe, porque?   Em tal oportunidade viu-se assediado por propostas as mais tentadoras. De Lisboa recebeu convite para colaborar no programa de conquistas de D. João III. Atento,  porém, aos compromissos assumidos, de expandir cada vez mais os domínios da Espanha – permaneceu inacessível `as vantagens que lhe foram apontadas. Em surdina, como era de seu habito, chegou `a pátria, na convicção de que algo havia de conseguir de seu soberano.
O silêncio por ocasião de sua chegada, todavia – como frisaram certos autores – deixou-o meio aturdido. Pareceu-lhe  um tanto estranho tal alheamento, em época de acaloradas manifestações aos que se atiravam a comportamentos assim.  Veio depois o esclarecimento. É que os de tratores, como é de costume em todas as épocas  e em todos os meios, já naqueles tempos em crescido número, pois não tinham o que fazer além disso, espalharam aos quatro ventos a calunia para destruir o navegador: Francisco Orellana vinha de uma traição inominável segundo eles a Gonçalo Pizarro.
Na interpretação dos que lhe negavam a aureola de herói, a descida pelo grande rio obedecera aos incontroláveis impulsos da ambição, em detrimento do chefe que nela confiava. Fora mais além:  ultrajaram sua dignidade, citando até a versão dos <<cruzados-ouro>> e das <<ricas esmeraldas>>, conduzidos como <<carga preciosa>>. Subestimaram as razões verdadeiras da presença de Francisco Orellana como vanguardeiro da jornada gigantesca, através da portentosa aventura. Convergiram os comentários apenas para o suposto abandono de Gonçalo Pizarro, como trânsfuga – oprimido – merece-dor  da execração – odiado, detestado - pública. A maldade humana atingindo `as raias do paroxismo. Era lidar como um povo mais que ignorante `a época, que quase nada sabiam, há não ser falar mal para tirarem proveito próprio para as suas sobre vivências era o mundo antigo sem ter muito o que oferecer de bom por parte dos humanos.
Desconhecendo, por outro lado, os perigos da navegação no caudal vertiginoso, nem ao menos podiam fazer uma idéia aproximada do empreendimento realizado pelos marujos valorosos.  Descida por um rio inteiramente desconhecido, assombroso pelo seu volume  d’água, em cujas margens a morte espreitava a cada passo. Infestado de tribos avêssas a  qualquer entendimento – da forma como eles queriam -. Em vez de encontros conciliatórios, as ferozes correrias pelas pelas orlas da selva bruta. Orellana Pizarro e toda a sua turma não sabiam que na selva  os nativos saiam se comunicar a distancia e por velozes mensageiros que conheciam na palma de suas mãos todo o território que nasceram, quando os invasores começaram a penetrar o grande rio a noticia já tinha chegado a todas as tribos e sabiam que eles eram matadores e destruidores, roubavam o que encontravam, ou seja eram uns assassinos e ladrões na linguagem atual.
A entrevista com o rei Carlos V, ao qual expôs, com toda a franqueza, o desempenho do compromisso para o trono, assegurou a completa reabilitação de  Francisco Orellana. Embargo algum foi levantado `as argumentações. Porque a consciência lhe deu a necessária resistência.  Dispôs de admiráveis elementos comprobatório. Incluindo  a historia criada por ele sobre as mulheres guerreiras deixando assim o rei fascinado com as belas galanteadoras historias de um bom aventureiro;  Orellana tinha muita lábia e sabia usar desse poder. O próprio conselho das Índias, tão severo nos julgamentos, nenhuma restrição apresentou sobre seu procedimento.
Outras provas lhe foram favoráveis, dentre elas o relatório de viagem de Frei Gaspar de Carvajal e uma carta da lavra de Gonçalo Pizarro. Do relatório ressaltou a reunião, dias antes da partida para o desconhecido, na qual, com a  sinceridade que era um dos traços de sua personalidade, solicitou exoneração do comando da modesta expedição. Foi nessa oportunidade que recebeu, não só a solidariedade de seus companheiros, mas ainda o titulo de <<Capitão da Conquista>>. Lavrou-se ata desse momento culminante, com as assinaturas de praxe. A carta de Gonçalo Pizarro, datada de 30 de setembro, colocou-o em honrosa posição perante a pátria.
Desvencilhou-se Francisco Orellana muito bem de todas as assacadilhas. Alem do titulo de <<Adelantado>>, que lhe foi deferido, obteve autorização  para retornar ao Novo Mundo, com as prerrogativas de <<Gobiernador e Capitan General>> das terras conquistadas. Terras que iriam construir a <<Nova Andaluzia>>.
Tais distinções, raríssimas e por isso mesmo altamente nobilitantes, eliminaram qualquer suposição restritiva ao heroimos do administrador de Guaiaquil. Arrefeceram a gana vulpina dos desafetos. Desarticularam a sanha sinistra daqueles que tramaram na sombra, porque só na sombra podiam e podem delinqüir este tipo de indivíduos, muito comum em todas as sociedades, em todas as épocas.
Influenciado pelas  contingência da época e, pois,  pelo espírito de aventura dominante, procurou Francisco de Orellana desobrigar-se da segunda penetração, nada obstante as condições estranguladoras, que lhe foram ditadas, por exemplo: as despesas por sua conta. Isto hoje no Brasil seria um fracasso, ninguém quer investir seu dinheiro em nada e sim comer o dinheiro do povo pelas portas do governo, e se for pego em falhas, tem o direito constitucional de não abrir a boca. Que pais é este, falta as primaveras funcionarem. Dessa forma imposta pelo rei, que tirou o dele da reta, e fez bem, valeu-se primeiro dos recursos do seu pai,  demasiado exíguos – poucos recursos, e perderia muito mais, tudo, pela ganância do filho sonhador de sonhos irreais que se inventavam na época -.  Recorreu ele a outras fontes, e nelas se muniu do indispensável. Conseguiu as embarcações,  o aprovisionamento e o pessoal. Duzentos infantes e oito religiosos, todos completamente despreparados, sem noção alguma da realidade que iriam vivenciar.
Tamanhos os embaraços, uns de ordem financeira e outros de ordem jurídica – inclusive a interpretação sobre a vigência do Trado de Tordesilhas – que só a 11 de maio de 1545 logrou a armada zarpar do porto de São Lucas.
Orellana de olhar firme no horizante deixa para traz e sem perceber que seria para sempre a vista de uma terra déia São Lucas que inconscientemente, rapidamente,  lança o seu ultimo olhar.
A viagem seria marcada, porem, de sérios obstáculos, a começar pelo contingente humano sem preparo técnico, que as viagens transoceânicas exigiam. Daí bergantins desgarrados e buscas inúteis. Descrenças por parte da tripulação provocado pela monotonia da viagem em alto mar dias e dias sem ver terra, todos ilhados em um reduzido espaço. Desalento dominante entre os próprios responsáveis pela tentativa de acreditar no projeto de Orellana.
Quando em fim as embarcações que sobraram das perdas em alto mar, entraram na barra do Mar Dulce, eis que os navegantes se tomaram de duvidas sobre o roteiro que deveriam seguir – e ate hoje, mesmo com toda a tecnologia que temos  subir o Amazonas querer um bom pratico para alcançar os pontos desejados, no Rio Negro depois de sua maravilhosa baia, existe um complexo labirinto de ilhas, as “ANAVILHANAS” que somente um pratico da região é capaz de seguir viagem com sucesso -.  
Era como se criasse imensas barreiras o labirinto de ilhas e o horizonte lhes pareciam tudo igual, sem referência  alguma. Um grande problema. Orellana não levou em conta que da outra vez ele desceu o rio era um cenário e dessa vez estava subindo era um outro cenário dai uma das maiores dificuldades que sentiu.
Outros marítimos iriam conhecer as mesmas dificuldades, em situações semelhantes. Nas passagens coincidentes com as tempestades, que `a entrada do majestoso anfiteatro causavam tão funestos prejuízos. Quando a pororoca – fenômeno que acontece no encontro do rio Amazonas com o mar Atlântico no Estado do Pará – por exemplo, se desloca enfurecida, levando de roldão tudo que vai encontrando pela frente por légua e léguas, embarcações suprimentos etc...
E foi nesse ainda hoje emaranhado  de furos e canais  que Francisco Orellana volto para prestar contas com aqueles que ele vidas, muitas vidas tirou na busca da ganância que nunca alcançou. Alguns historiadores dizem que ele ali entregou a sua vida a Deus, em 1546, sem ver realizado seus sonhos de opulência, para si e para a Espanha, que tanto amou.



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