Wikipedia

Resultados da pesquisa

sábado, julho 30, 2011

Você não vive em paz


A maioria da humanidade não vive em paz.

Estar em paz não significa apenas não fazer parte de uma guerra.

Muitas vezes não há atritos visíveis com os semelhantes, mas a criatura permanece sem sossego.

A paz interior consiste em uma harmonia preciosa e constante.

Quem desfruta desse tesouro convive bem consigo mesmo.

Por mais que enfrente dificuldades na vida, seu íntimo permanece tranqüilo.

O ser humano pacificado não necessita inventar distrações.

A percepção do seu mundo interior não o angustia.

A agitação da sociedade moderna evidencia quão poucos realmente desfrutam de paz.

As inovações tecnológicas gradualmente liberam os indivíduos de tarefas repetitivas e tediosas.

Assim cada vez vamos dispondo de mais tempo livre, mas não utilizamos nossas folgas para conhecer e cultivar o nosso próprio caráter.

Na ânsia de conquistar coisas, multiplica desnecessariamente as horas de trabalho.

E nos raros momentos em que nos permitimos ficar livres, procuramos distrações ruidosas e absorventes.

É como se o encontro com a própria alma fosse algo a ser evitado.

Sejamos ricos ou pobres, bonitos ou feios, cultos ou iletrados, procuramos fugir de nós próprios.

Mesmo quem reúne condições consideradas ideais para a felicidade raramente desfruta dessa situação.

As criaturas enfrentam torturas íntimas, ansiedades e complexos aparentemente injustificados.

Por mais que a vida siga tranqüila, a ausência de paz permanece.

A questão é que a verdadeira paz pressupõe a consciência tranqüila.

E tranqüilidade de consciência só tem quem está em harmonia com as leis divinas.

Todos os homens já viveram inúmeras vidas, em sua jornada pelo infinito.

Foram criados ignorantes e simples e se destinam à mais elevada sabedoria.

Para crescer em entendimento e compreensão, encarnam inúmeras vezes, em diferentes situações.

Objetivando aprender a discernir o certo do errado, dispõem da liberdade de agir.

Contudo, respondem por tudo o que fazem.

A lei humana é falha e muitos equívocos são por ela ignorados.

Mas na consciência de cada ser encontram-se registrados todos os seus atos.

Maldades cometidas contra os irmãos podem ter sido bem escondidas no passado.

Mas quem se permitiu viver o mal mantém em seu íntimo a marca da desarmonia.

Ocorre que toda vivência, mesmo marcada pelo erro, deixa a herança da experiência.

De cada refrega saímos amadurecido.

A cada vida crescemos em entendimento e possibilidades.

O importante é aprender a utilizar no bem os recursos adquiridos.

Em sua primeira epístola, o apóstolo Pedro afirma: “o amor cobre a multidão de pecados”.

Os erros fazem parte do processo de aprender.

Mas apagá-los mediante o amor bem vivido propicia paz e harmonia.

Assim, utilizemos nossos recursos no bem. Contabilizemos todos os tesouros que amealhamos no decorrer dos séculos:

Inteligência, sensibilidade, aptidão para falar ou escrever, habilidades as mais diversas. Empreguemos tudo isso na construção de um mundo melhor.

Ao utilizarmos amorosamente nossos talentos, estaremos cumprindo a tarefa que nos cabe no concerto da criação. E uma sublime paz habitará em nossas mentes.

Nenhum comentário: