Hoje estarei fazendo uma palestra na nossa casa espírita o Repouso do Caminho e o tema será Superando a perda de entes queridos. Voce esta convidado, as 10:30 am esperamos por você. O texto a abaixo é parte do minha palestra que farei logo mais.
Agora de volta para dizer que estou feliz pela palestra de hoje, casa cheia, muitos irmãos estavam conosco as paredes pareciam desaparecer, nós agradecemos, aos nossos irmãos espirituais por prestigiar os nossos trabalhos.
" Um poeta do Líbano, que amou Jesus, escreveu um dia a respeito dEle, mais ou menos assim:
Quando Jesus nasceu, Maria, Sua mãe o envolveu em seus braços, como a concha envolve a pérola. E Ele palpitava com o ritmo de sua vida.
Passaram-se as estações, e Ele tornou-se um menino cheio de risos. Ninguém entre nós sabia o que Ele iria fazer, pois parecia sempre fora da nossa espécie.
Brincava com os outros meninos mais do que estes brincavam com Ele.
E Ele cresceu como uma palmeira preciosa em nossos jardins. Seus olhos eram como mel, e cheios do assombro dos dias.
E na Sua boca havia a sede do rebanho do deserto pelo lago.
Depois, os anos O levaram a falar no templo e nos jardins da Galileia. Às vezes, Maria O seguia para lhe escutar as palavras e ouvir as batidas de seu próprio coração.
Jesus visitou outras terras no Leste e no Oeste. Mas Maria O esperava no limiar da casa e, cada entardecer, seus olhos procuravam na estrada pela Sua volta.
Entretanto, após a Sua chegada, ela costumava dizer-nos: "Ele é grande demais para ser meu filho."
Parecia que Maria não podia acreditar que a planície tivesse dado nascimento à montanha.
Foi na juventude do ano, quando as flores vermelhas enchiam os montes, que Jesus chamou Seus discípulos e foi a Jerusalém.
Pelo anoitecer da quinta-feira, Ele foi capturado fora das muralhas da cidade e feito prisioneiro. Maria, Sua mãe, não pronunciou uma palavra.
Mas surgiu em seus olhos o cumprimento daquela promessa de dor e alegria que tínhamos observado quando ela era apenas uma noiva em Nazaré.
Nós chorávamos porque sabíamos qual ia ser o amanhã do seu filho. Mas ela não chorava porque também sabia o que Lhe iria acontecer.
Quando os cascos abafados do silêncio batiam nos peitos dos insones, João, o discípulo amado de Jesus veio e disse: "Mãe Maria, Jesus está indo. Sigamo-lO."
Quando atingiram o monte, Jesus foi erguido na cruz. A face de Maria não era a face de uma mulher desolada. Era o semblante da terra fértil, sempre dando nascimento.
Então Jesus olhou para Sua mãe e disse: "Maria, a partir de agora sê a mãe de João."
E a João Ele disse: "Sê um filho amoroso para essa mulher. Vai a sua casa, e que tua sombra cruze o limiar onde outrora Me postei. Faze isso em Minha memória."
E Maria disse: "Olhai agora, Ele se foi. A batalha está terminada. A estrela já brilhou. O navio chegou ao porto. Aquele que apertei contra meu peito está palpitando no espaço.
Mesmo na morte, Ele sorri. Venceu. Fui sem dúvida a mãe de um vencedor."
E Maria voltou a Jerusalém, apoiada em João, o jovem discípulo. E para todos os que quisessem e nela procurassem consolo, ela falava de Jesus.
Falava longamente de tudo que acontecera, de Seus ditos e de Seus feitos, transformando o inverno das incertezas em primavera de esperanças."
Da obra Jesus, o filho do homem, de Gibran Khalil Gibran
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