“Você tem exatamente a atitude correta para lidar com esta situação.” “Você precisa fazer alguma coisa a respeito de sua atitude. Ela é horrível!”
As duas afirmações são extremas. Mas realisticamente que diferença nossa atitude faz no desempenho das responsabilidades diárias? Se fomos devidamente treinados, possuímos habilidade e experiência necessárias e temos oportunidades, o sucesso não devia estar ao alcance de todos? Não necessariamente! Um pode obter sucesso e o outro fracassar. Onde reside a diferença? Ela se resume numa palavra: atitude.
O escritor Charles Swindoll afirmou: “Atitude é 10% aquilo que nos acontece e 90% a forma como reagimos.” Viktor Frankl, neurologista e psicólogo austríaco, que escreveu acerca da sobrevivência nos campos de concentração nazistas, atribuiu sua habilidade em permanecer vivo à “escolha que uma pessoa faz em determinadas circunstâncias”. - Viktor Emil Frankl, nascido em Viena em 26 de março de 1905, foi grande nas três dimensões em que se pode medir um homem por outro homem: a inteligência, a coragem, o amor ao próximo. Mas foi maior ainda naquela dimensão que só Deus pode medir: na fidelidade ao sentido da existência, à missão do ser humano sobre a Terra.
Homem de ciência, neurologista e psiquiatra, não foi o estudo que lhe revelou esse sentido. Foi a temível experiência do campo de concentração. Milhões passaram por essa experiência, mas Frankl não emergiu dela carregado de rancor e amargura. Saiu do inferno de Theresienstadt levando consigo a mais bela mensagem de esperança que a ciência da alma deu aos homens deste século. O que possibilitou esse milagre singular foi a confluência oportuna de uma decisão pessoal e dos fatos em torno. A decisão pessoal: Frankl entrou no campo firmemente determinado a conservar a integridade da sua alma, a não deixar que seu espírito fosse abatido pelos carrascos do seu corpo. Os fatos em torno: Frankl observou que, de todos os prisioneiros, os que melhor conservavam o autodomínio e a sanidade eram aqueles que tinham um forte senso de dever, de missão, de obrigação. A obrigação podia ser para com uma fé religiosa: o prisioneiro crente, com os olhos voltados para o julgamento divino, passava por cima das misérias do momento. Podia ser para com uma causa política, social, cultural: as humilhações e tormentos tornavam-se etapas no caminho da vitória. Podia ser, sobretudo, para com um ser humano individual, objeto de amor e cuidados: os que tinham parentes fora do campo eram mantidos vivos pela esperança do reencontro. Qualquer que fosse a missão a ser cumprida, ela transfigurava a situação, infundindo um sentido ao nonsense do presente. Esse senso de dever era a manifestação concreta do amor - o amor pelo qual um homem se liberta da sua prisão externa e interna, indo em direção àquilo que o torna maior que ele mesmo.
O sentido da vida, concluiu Frankl, era o segredo da força de alguns homens, enquanto outros, privados de uma razão para suportar o sofrimento exterior, eram acossados desde dentro por um tirano ainda mais pérfido que Hitler - o sentimento de viver uma futilidade absurda.
Frankl tinha três razões para viver: sua fé, sua vocação e a esperança de reencontrar a esposa. Ali onde tantos perderam tudo, Frankl reconquistou não somente a vida, mas algo maior que a vida. Após a libertação, reencontrou também a esposa e a profissão, como diretor do Hospital Policlínico de Viena.
Assim ele registra, no seu livro Man's Search for Meaning.
Médicos concordam que a atitude do paciente – mais que a qualidade dos serviços de saúde – pode ser fator decisivo para recuperação de graves cirurgias ou ao lidar com doenças graves. Atitude positiva e otimista é tão importante quanto a cirurgia ou a medicação. “Há mais de quatro anos passei por uma cirurgia de coração aberto. Decidi que se sobrevivesse faria tudo o que fosse preciso, incluindo o árduo processo de reabilitação, para recuperar-me completamente. Até hoje aquela decisão tem sido muito importante para minha restauração e boa saúde," exemplifica Johsonn Chameral um paciente.
Apliquemos atitude ao trabalho. Seja em novo emprego ou nova tarefa, começar com entusiasmo, determinado a aprender o que for preciso para dominar o processo, disposto a confrontar e vencer obstáculos, a possibilidade de êxito será elevada. Não significa que o trabalho será fácil e nem apresentará desafios. Mas otimismo e confiança definitivamente influenciarão o resultado.
Vejamos alguns princípios que oferecem recursos para uma atitude adequada:
Valorize o positivo e não o negativo. Vivemos cercado por más notícias, em que o desencorajamento e desespero espreitam a cada esquina. Para combater isso precisamos nos concentrar naquilo que traz esperança.
Busque sabedoria. Ás vezes as circunstâncias nos deixam perplexos, incapazes de determinar o que fazer ou o curso a seguir. Deus promete dar-nos direção.
Descubra o plano perfeito mesmo na adversidade. Há dificuldades e calamidades que desafiam as explicações. Aqueles, porém, que confiam em Deus, têm a segurança de que Ele conhece os problemas e os usará para Seus divinos propósitos. Esta é uma lição de vida para todos os que se sentem fracassados, e que com um pequeno vento se sentem desamparado.
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