Meta é criar um governo de transição encabeçado pelo vice-presidente Omar Suleiman
04 de fevereiro de 2011 | 0h 15
O governo americano está discutindo com oficiais egípcios um plano para que o presidente Hosni Mubarak entregue imediatamente o poder a um governo de transição encabeçado pelo vice-presidente Omar Suleiman, informou o jornal The New York Times nesta quinta-feira. O plano busca respaldo do Exército egípcio, diz a nota, que cita funcionários americanos e árabes.
O artigo afirma ainda que apesar da resistência do presidente Mubarak em deixar o poder, oficiais de ambos os governos conversam sobre um plano em que Suleiman, apoiado pelas forças armadas egípcias, começaria imediatamente um processo de reforma constitucional. Ele seria apoiado nessa missão pelo chefe das Forças Armadas egípcias, Sami Enan, e pelo ministro da Defesa, o marechal de Infantaria Mohamed Tantawi.
O jornal afirma ainda que a proposta é para que o governo de transição convide membros de um amplo espectro de grupos opositores, incluindo integrantes da Irmandade Muçulmana, a fim de que se inicie um processo que leve às eleições livres em setembro. O artigo afirma ainda que apesar da resistência do presidente Mubarak em deixar o poder, oficiais de ambos os governos conversam sobre um plano em que Suleiman, apoiado pelas forças armadas egípcias, começaria imediatamente um processo de reforma constitucional. Ele seria apoiado nessa missão pelo chefe das Forças Armadas egípcias, Sami Enan, e pelo ministro da Defesa, o marechal de Infantaria Mohamed Tantawi.
As informações são da Dow Jones.
O'dia da partida' do Faraó, 100 mil egípcios exigem a renúncia de Mubarak -
04 de fevereiro de 2011 | 12h 29
CAIRO - Ao menos 100 mil egípcios se reuniram pelo 11º dia seguido na praça Tahrir, no centro do Cairo, para exigir a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos. O protesto, denominado 'dia da partida', em referência ao ultimato dado pela oposição para que o ditador renunciasse hoje é o maior desde a última terça-feira. Há manifestações também em outras cidades do Egito, como Alexandria, Suez, Ismalia, Port Said e Aswan.
Os confrontos entre manifestantes pró-democracia e partidários de Mubarak cessaram após 48 horas de violência. O Exército intensificou a segurança da praça Tahrir para impedir novos choques. Apesar disto, cerca de 300 governistas estão reunidos em uma ponte próxima.
Os confrontos entre manifestantes pró-democracia e partidários de Mubarak cessaram após 48 horas de violência. O Exército intensificou a segurança da praça Tahrir para impedir novos choques. Apesar disto, cerca de 300 governistas estão reunidos em uma ponte próxima.
"Saia! Saia! Saia!", gritavam os manifestantes, curvando-se em oração na direção de Meca, e ouvindo um clérigo declarar: "Queremos que o chefe do regime seja removido." Ele celebrou a "revolução dos jovens". Cristãos coptas também estavam na passeata e fizeram um cordão humano para proteger os muçulmanos que rezavam.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, esteve na praça para prestar apoio aos manifestantes e foi aplaudido pela multidão. Ex-ministro das Relações Exteriores de Mubarak, Moussa é um dos cotados para suceder o presidente nas eleições de setembro.
Um dos líderes da oposição, o ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Mohamed ElBaradei voltou a pedir a renúncia de Mubarak. "Ele deve ouvir a voz do povo e sair com dignidade. Quanto mais cedo isto acontecer, será melhor para todos", disse.
A sexta-feira marcou também a visita do ministro da Defesa Mohamed Tantawi à praça Tahrir. Ele inspecionou as tropas e foi saudado pela multidão. Ele tentou convencê-los a encerrar o protesto.
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