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terça-feira, abril 10, 2012

O Ocidente, no primeiro século depois de Cristo



Jesus não veio a este mundo durante uma idade de decadência espiritual. Na época do seu nascimento, a Terra estava experienciando um renascimento do pensamento e da vivencia religiosa, como não havia conhecido em toda a sua historia anterior pós-Adâmica, nem conheceria em qualquer era, desde então. Quando Jesus encarnou na Terra, o mundo apresentava a condição mais favorável para a auto-outorga do Filho do Criador, entre todas as que haviam prevalecido anteriormente, ou que haviam sido geradas, desde então. Durante os séculos imediatamente anteriores a essa época, a cultura e a língua grega haviam-se espalhado pelo Ocidente e pelo oriente próximo, e os judeus, sendo de uma raça levantina de natureza meio ocidental e meio oriental, estavam, pois, eminentemente qualificados para utilizar esse quadro cultural e lingüístico na disseminação eficaz de uma nova religião, tanto para o leste quanto para o oeste. Tais circunstancias ficaram mais favoráveis ainda devido ao governo dos romanos ser politicamente tolerante para com o Mundo Mediterrâneo.

Toda essa combinação de influencias mundiais da época é bem ilustrada pelas atividades de Paulo, que, tendo a cultura religiosa de um hebreu entre os hebreus, proclamou o evangelho de um Messias judeu, na língua grega, sendo ele próprio um cidadão romano.

Nada como a civilização européia da época de Jesus foi visto no Ocidente, antes ou depois daquela época. A civilização européia foi unificada e coordenada sob uma extraordinária influência tríplice:
1. O sistema político e social dos romanos.

2. A língua e a cultura grega – em uma certa medida, também a filosofia grega.

3. A influência, de veloz expansão, da religião e dos ensinamentos morais judeus.

Quando Jesus nasceu, todo o Mundo Mediterrâneo era um império unificado. Boas estradas interligavam vários dos maiores centros, pela primeira vez na historia do mundo. Os mares estavam de certa forma livres dos piratas; e uma grande era de comercio e de viagens estava rapidamente avançando. A Europa não gozou novamente de um período como esse, de viagens e de comercio, ate o século dezenove depois de Cristo.

Não obstante a paz interna e a prosperidade superficial do mundo grego-romano, uma maioria de habitantes do império definhava em uma miséria sórdida. A classe superior, pouco numerosa era rica; e uma classe inferior miserável empobrecida abrangia toda a massa da humanidade. Não havia, naqueles dias, uma classe media feliz e prospera, essa classe mal estava começando a surgir na sociedade romana.

As primeiras lutas entre os Estados de Roma e da Pérsia – hoje Iran – haviam sido concluídas, em um passado então recente, deixando a Síria nas mãos dos romanos. Nos tempos de Jesus, a Palestina e a Síria estavam gozando de um período de prosperidade, de paz relativa e de grandes relações comerciais com terras do Oriente e do Ocidente.

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