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segunda-feira, julho 04, 2011

Número da Besta 666


A profecia

"E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender , senão aqueles que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e seu número é seiscentos e sessenta e seis".

Origem

A origem da profecia está associada ao trecho das Escrituras Sagradas Judaico-Cristã (o termo Judaico-Cristão é apropriado para identificar o conjunto de livros composto pelo Velho Testamento e Novo Testamento; a Bíblia Sagrada dos Cristãos), mais precisamente no Livro de Apocalipse (Livro de Revelações escrito por João Evangelista), no capítulo 13. O livro de Apocalipse trata de revelações dadas pelo Deus Bíblico, relatando acontecimentos proféticos de um determinado período do tempo da história, a saber, o último período da contagem dos dias antes do fim dos tempos. Sua essência foi usada como fonte de superstições no decorrer da história.

A associação do tipo de marca tratado em Apocalipse 13 faz ênfase ao costume comum de se marcar aquilo que lhe é de propriedade. Emblemas feitos a ferro e aquecidos ao fogo são usados para marcar e identificar animais de porte como gados, cavalos, etc. Uma associação provável do uso de marcas em homens está relacionada à téssera, sinal marcado sobre os escravos romanos. Deste modo, o autor do Apocalipse estaria associando o uso de um sinal aparente, a marca da Besta, a um controle de escravização do homem, através de um sistema social, político, econômico e religioso (Apocalipse 13:16-17)

O número 6 das bestas-feras e o número de homem

"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e seu número é seiscentos e sessenta e seis." (Apocalipse 13:18 )

O número chave que compõe a expressão "seiscentos e sessenta e seis" é o número 6 (seis), que aparece de forma triplice na sua forma descritivamente numérica: 666.

"E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis, e bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E assim foi. E fez Deus as bestas-feras da terra conforme a sua espécie. E viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra... E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto" (Gênesis 1:24-26,31)

A primeira aparição bíblica que leva a citação ao número 6 aparece no livro de Gênesis. Em Gênesis capítulo 1, no trecho do versículo 31, lê-se: "e foi a tarde e a manhã: o dia sexto". Perceptivelmente, durante o processo da criação dos seres viventes que estão enquadrados ao período do dia sexto da Gênesis, entre outras criaturas, aparecem: as bestas-feras (Gênesis 1:24) e o próprio homem (Gênesis 1:26).

A besta

Durante o decorrer da história, pessoas, organizações e mercadorias acabaram por receber o atributo de serem manifestações da Besta por possuírem um perfil apologético, não só em relação ao número referenciado, mas também por terem um perfil com índole maquiavélica, soberba e profana, segundo referências em costumes de cunho cristão. Um exemplo é dado pelos estudiosos que editaram uma versão da Bíblia chamada "Bíblia de Jerusalém" (ISBN 85-349-2000-1), que atribuem a Nero o Número da Besta a que se refere João em Apocalipse, já que em grego e em hebraico eram atribuídos valores numérico às letras segundo o lugar que elas ocupavam no alfabeto, coincidindo a quantificação do nome de Nero (César-Neron) com o número; e, juntando o fato de que os cristãos, na época em que foi escrito o Apocalipse, viriam a sofrer sangrentas perseguições por parte de Roma e do Império romano. Tal conclusão, porém, não representa o entendimento unânime entre as Igrejas Cristãs, que entendem que o conteúdo tratado por João Evangelista são de acontecimentos futuros (PROFECIAS) à época da transcrição do Apocalipse.

Segundo estudiosos, o mencionado texto bíblico faz referências a duas bestas: a Besta que sobe do mar (versículo 13:1a) e a Besta que sobe da terra (versículo 13:11a); dando ênfase à duas atividades distintas de uma mesma manifestação proposital. Um monstro com várias cabeças, adornada com chifres e diademas(que simboliza também cores), que se ergueria no cenário profético impactando aqueles que se deparam com tal profecia.

A besta que subiu do mar

"Então vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia." (Apocalipse 13:1)

Pesquisadores da profecia, em revelação apocalíptica sobre a Besta, levam a crer que as revelações sejam um sistema burocrático e político de escala mundial. Uma organização de um poder onde dois grupos: pessoas de cargos e supostos estandartes; são bíblicamente referenciados por palavras chaves como: cabeças, chifres e diademas (versículo 13:1a), e, leopardo, urso, leão e dragão (versículo 13:2); respectivamente.

A besta que subiu da terra

"E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão." (Apocalipse 13:11)

Pesquisadores bíblicos costumam afirmar que, neste trecho, esta segunda etapa da revelação da Besta levaria a um personagem bíblico identificado pelos estudiosos como o Anticristo (1ª João 2:18), que se aclamará como Deus (não o Deus criador mas um Deus terreno imposição de poder coletivo) e exigirá ser adorado (diria respeitado como tal) como tal. As palavras chaves aqui são: cordeiro e dragão. As interpretações aqui dadas dão ênfase à palavra cordeiro com a intenção de pôr-se semelhante ao Messias (ou a uma coisa ‘boa sem maldade”), o Cristo, que também é chamado de "O Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo; e a palavra dragão como um complemento profético distinguindo-o como uma espécie de "Messias do Diabo"( força para impor as suas idéias sem que seja contestado), já que a palavra Dragão o próprio Apocalipse dá o seu significado: "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo" (Apocalipse 12:9).

Este trecho revela o surgimento de um suposto salvador (cordeiro) que fará oposição (dragão) a Cristo, e exigirá ser adorado, e sua adoração acarretaria em total idolatria, gerando a desqualificação do Deus bíblico (1ª João 2:22; 1ª João 4:3; 2ª João 1:7) (ou dos chamados Deuses terrenos, sociedade, família, política e justiça), acarretando a condenação (via mídia) perpétua do indivíduo que a tal criatura adorar (Apocalipse 14:9-11).

O Anticristo

Será alguém (ou sistema e ainda comportamento coletivo) que pretenderá ocupar o lugar de Cristo, opondo-se a Ele (1ª João 2:18; 2ª João 7; Apocalipse 13:1-2). Muitas de suas atividades são citadas em profecias no Velho Testamento. Chamado de "O Assolador" (Daniel 9:27 e 12:11), terá seu foco no oriente médio, em especial, Israel e Jerusalém, onde estabelecerá uma aliança de paz com as nações vizinhas e onde fará a sede do seu governo mundial. Segundo as profecias bíblicas, seu governo terá dois períodos: um de paz (Ezequiel 38:8) e outro de traição e guerra (Ezequiel 38:10-12,15-16). Cada período durará três anos e meio, formando um total de sete anos de governo.

Ascensão ao poder

O Anticristo será um homem(ou sistema) que surgirá em meio às crises mundiais existentes, de forma que sua aparição surpreenderá o mundo. Seu governo se tornará, em um curto espaço de tempo, num forte governo mundial unificando com sucesso todos os blocos de relações econômicas e políticas existentes no momento. Com a finalidade de trazer a paz, será reconhecido e aceito, e combaterá as crises mundiais implantando um largo sistema de integração financeira: o sistema 666 de compra e venda (Apocalipse 13:16–18). Neste momento, com o auxílio de um "deus estranho" (Daniel 11:39, Isaías 14:12), exaltará a si próprio como sendo o "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo e exigirá ser adorado como Deus, declarando-se então ser o Messias de Israel (Daniel 11:36). Será então que, perseguirá todo aquele que, na Terra, não se curvar a ele para adorá-lo como Deus, manifestando-se ser o que a Bíblia chama de "O Filho da Perdição" (2ª Tessalonicenses 2:3), o então Anticristo. Descumprirá o seu tratado mundial de paz e estabelecera então a guerra. Se voltará contra Israel e Jerusalém no lugar do antigo templo, para lá pôr o trono do seu governo mundial (Daniel 11:31).

A queda

"E da boca do dragão, e da boca da Besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs, porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-Poderoso... E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom... Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis" (Apocalipse 16:13-14,16; 17:14)

Vulgarmente conhecida por muitos como a 3ª Guerra Mundial, a Batalha do Armagedom terá como principal foco a nação de Israel, onde as nações de todo o mundo, sob a representação do governo do Anticristo, pressionarão Israel e, com o pretexto de que Israel não reconhecera o Anticristo como autoridade divina, sitiará grande exército ao redor da nação para marchar contra Israel. Segundo profecias citadas na bíblia, o Deus de Israel intervirá na guerra a favor da nação de Israel enviando a Jesus Cristo que Israel antes não reconhecera como o Messias. Nesta ocasião, Israel o verá e reconhecerá a Jesus Cristo como o tal.

O sistema 666 de compra e venda

"E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome... e o seu número é seiscentos e sessenta e seis." (Apocalipse 13:16-18)

Com o passar dos tempos, este trecho da revelação do Apocalipse vem tomando forma, mostrando que o cumprimento de tal profecia está em evidência e em estado bastante avançado para os dias atuais. O primeiro aspecto a se analisar é a ascensão de um sistema de compra e venda diferenciado do convencional, indicando que o dinheiro em espécie, como fora usado durante muito tempo, sairá de circulação. O surgimento de um suposto "sinal" fará a substituição do dinheiro.

Instituições financeiras

À medida que o tempo avança, os grandes centros financeiros vão, aos poucos, substituindo suas formas de transação financeira. Os bancos vão, cada vez mais, adotando sistemas de automação capazes de substituir por completo o dinheiro em espécie.

Com o avanço tecnológico, hoje é capaz de criar gerenciamento monetário digitalmente, utilizando os cartões eletrônico que mantém um controle financeiro sem a utilização da cédula monetária. A modernização de bancos por computadores e a utilização de protocolos de comunicação como os da internet, junto com a utilização de sistemas de sinais de comunicação sem fio (Sinais de ondas sonoras e magnéticos, Satelites, Redes WiFi, bluetooth, etc) , estão cada vez mais aproximando o fluxo de transação financeira de todos os cidadãos aos relatos proféticos da bíblia.

Codigo de produtos industrializado

Com a industrialização do comércio, surgiu a necessidade de se criar uma identificação para os produtos comercializável. Esta identificação, representada por uma estrutura de série numeral ou alfanumérico, atribui ao produto algumas características sobre, por exemplo, a origem de fabricação e o lote do produto.

A partir da criação desta identificação, veio o avanço computacional no sentido de melhorar o manuseio destes códigos pelos seus fornecedores e revendedores. Várias formas de utilização de codificação e leitura foi desenvolvido. O Código de Barras é hoje a mais amplamente usada no momento onde, na aplicação comercial, encontra-se um leitor ótico de barras. Na utilização das barras, ficou definido as barras laterais e uma barra central como códigos de controle com valores de número 6, dando ênfase a formação do código '6-6-6' sobre os códigos dos produtos comercializados.

Profecia e revelação

A aparição do número da Besta marca na história bíblica o início da rebeldia completa de um povo ou nação pela representação de um governo mundial, o governo do Anticristo. O número da Besta representa a falsa adoração, ou seja, a idolatria ao Anticristo. No final terminará com o 666 (ou a vinda do Anticristo), aquele que deseja ser como o "Deus salvador", mas terá que passar pelo chefe do planeta, Jesus Cristo. A Profecia visa levar ao ser humano o entendimento das coisas futuras que irão acontecer, para que quando vierem a acontecer o cristão não seja pego de surpresa, deste modo, no começo do Apocalipse, o escritor recebe a mensagem do Anjo para dar ao seus servos, e estes servos são o povo do Deus verdadeiro, o Deus Criador e soberano no universo.

Religião e governo

No modelo Bíblico, a sociedade é governada por Deus, más, em determinado momento da história pediu a Deus um Rei terreno, assim Saul foi o primeiro Rei do povo de Deus. Esse modelo não fora o planejado por Deus, sendo criado pela humanidade para reger o andamento da sociedade, regulamentando assim as leis e ações civis. Quando ocorre a ligação do Estado (Governo) com a Igreja, quase é formada a imagem da Besta, pois, o Deus bíblico não permite a opressão do seu povo quando pode ocorrer a privação da livre adoração. No passado na época da Babilônia, temos um relato bíblico no Livro de Daniel sobre a formação da união do Estado com a Religião, no reinado de Nabucodonosor, uma estátua foi erigida para adoração, na qual possuía medidas de 60 covâdos de altura e 6 covados de largura, a simbologia numérica babilônica é representada como: 6 = Deus Menor, 60=Deus Maior e 600=Panteão, a estátua por ser de Ouro representava o panteão, assim, a somatória simples de 600+60+6 é o resultado de 666 ou Seiscentos Sessenta Seis. Assim, o estado pode obrigar a morte ou a privação completa de direitos aqueles que não cumprirem o que foi ordenado por Lei. Neste momento a imagem da Besta é formada.

Como dito, há diversas interpretações para as duas bestas. Estudiosos protestantes e historicistas (que concedem ao Apocalipse um cunho histórico, ou seja, de cumprimento iniciado assim que o livro fora publicado e continuado ao longo de toda a história até a volta de Cristo) interpretam a besta do mar como a Roma Papal e a da Terra com os Estados Unidos da América. Tal interpretação baseia-se em argumentos preconceituosos, já que não se é possível determinar se o Apostolo João estava referindo-se a tais organizações que não existiam na época.

Outros intérpretes, os futuristas, acreditam que todas as profecias tem cumprimento futuro, em um período imediatamente anterior à Segunda Vinda de Cristo à Terra.

Superstições aos números

Os números 13 e 666 retêm um significado peculiar na cultura e psicologia das sociedades ocidentais. É perceptível como muitos tentam evitar os supostos números de "azar" ( tem países que não incluem nos prédios o 13 andar, saindo do 12 para o 14) 13 e 666; e as fobias a esses números são chamadas de "triscaidecafobia" e "hexacosioihexecontahexafobia", respectivamente. Por exemplo, quando a gigantesca fábrica de CPU Intel introduziu o Pentium III 666 MHz em 1999, eles escolheram para o mercado o Pentium III 667 com o pretexto de que a velocidade 666,666 MHz teria mais específicamente proximidade ao inteiro 667 do que o inteiro 666 MHz. Curiosamente, também, da mesma forma a empresa desenvolvedora de softwares Corel, ao lançar o que seria a versão 13 do seu conjunto de ferramentas para editorações gráficas, os lançou batizando-os de CorelDraw Graphics Suite X3, que é a versão 13 e posterior a versão 12, caracterizando assim sua superstição ao número.

Notas e referências

  1. Apocalipse 13:16-18
  2. A verdade sobre o Anticristo e o seu reino. Thomas Ice e Timothy Demy
  3. Daniel 9:27
  4. Dinheiro Eletrônico
  5. Daniel 3:1-30

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