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quinta-feira, junho 09, 2011

Canada Day!!! - 1 de julho -



Um pouco da história do nosso Pais o Canadá

Acredita-se que os aborígenes tenham chegado da Ásia há 30 000 anos por uma faixa de terra entre a Sibéria e o Alasca. Alguns ficaram no Canadá, enquanto outros continuaram sua marcha em direção ao sul. Quando os exploradores europeus chegaram, o Canadá era povoado por uma série de povos aborígenes que, dependendo do meio ambiente, viviam de maneira nômade ou se assentavam e construíam um estilo de vida e se dedicavam à caça, pesca ou ao cultivo da terra.

O primeiro contato entre os nativos e europeus provavelmente ocorreu há cerca de 1000 anos, quando os Vikings da Islândia fixaram-se por pouco tempo na Ilha de Terra Nova. Mas só depois de outros 600 anos a exploração européia efetivamente se iniciou.

As primeiras colônias

Na procura de um novo caminho para os ricos mercados do oriente, os exploradores franceses e ingleses navegavam pelas águas da América do Norte. Construíram vários postos - os franceses ficavam, na sua maioria, às margens do Rio São Lourenço, Grandes Lagos e Rio Mississipi. Os ingleses, por sua vez, ficavam em torno da Baía de Hudson e na costa atlântica. Embora exploradores como Cabot, Cartier e Champlain jamais tenham encontrado o caminho para a China e para a Índia, encontraram algo tão valioso quanto o que procuravam: ricas águas piscosas e abundantes populações de castores, raposas e ursos, todos valiosos por sua pele.

A colonização permanente dos franceses e ingleses começou no limiar dos anos 1600 e cresceu durante todo o século. Junto com os povoados veio a atividade econômica, mas as colônias de Nova França e Nova Inglaterra permaneciam economicamente dependentes do comércio de peles. Política e militarmente dependentes de suas metrópoles.

Inevitavelmente, a América do Norte tornou-se o foco de amargas rivalidades entre a Inglaterra e a França. Após a queda da Cidade de Quebec, em 1759, o Tratado de Paris concedeu à Inglaterra todo o território francês a leste do Mississipi, com exceção das ilhas de St.Pierre e Miquelon, próximas à Ilha de Terra Nova. Sob o governo inglês, os 65 000 habitantes de língua francesa do Canadá tinham um único objetivo: guardar suas tradições, língua e cultura.
Em 1774, a Grã-Bretanha aprovou o Ato de Quebec, que reconhecia oficialmente os direitos civis franceses e garantia liberdade religiosa e lingüística.

Um grande número de colonos de língua inglesa, chamados Legalistas porque queriam se manter fiéis à Coroa Britânica, procurou refúgio no Canadá, depois que os Estados Unidos da América tornaram-se independentes, em 1776. Estabeleceram-se principalmente nas colônias de Nova Escócia e Novo Brunswick e às margens dos Grandes Lagos.

O aumento da população levou à criação, em 1791, do Alto e Baixo Canadá, hoje Ontário e Quebec, respectivamente. Ambos foram autorizados a ter suas próprias instituições governamentais representativas. As rebeliões no Alto e Baixo Canadá, em 1837 e 1838, levaram os ingleses a reunir as duas colônias, formando assim o Província do Canadá. Em 1848, a colônia unida foi autorizada a ter um governo autônomo, exceto no que se referia às questões de relações exteriores. O Canadá ganhava maior autonomia, mas continuava sendo parte do Império Britânico.

Nasce um país

As colônias britânicas norte-americanas, Canadá, Nova Escócia, Novo Brunswick, Ilha do Príncipe Eduardo e Terra Nova, cresceram e prosperaram independentemente. Mas, com a ascensão dos Estados Unidos, agora mais poderosos com o fim da Guerra Civil, alguns políticos acharam que a união das colônias inglesas era o único modo de afastar eventuais possibilidade de anexação. Em 1º de julho de 1867, o Canadá Leste e o Canadá Oeste, a Nova Escócia e a Novo Brunswick uniram-se sob os termos do Ato da América do Norte Britânica e tornaram-se o Domínio do Canadá.

O governo do novo país baseava-se no sistema parlamentarista britânico, com um governador geral (representante da Coroa) e um Parlamento que consistia da Câmara dos Comuns e do Senado. O Parlamento recebia o poder de legislar sobre assuntos de interesse nacional (impostos e defesa nacional, por exemplo), enquanto que às províncias eram outorgados poderes sobre assuntos de interesse local (propriedade, direitos civis, educação).

A expansão para o oeste

Logo após a Confederação, o Canadá começou a se expandir para o noroeste. A Terra de Rupert, uma área que se estendia pelo sul e oeste, por centenas de quilômetros a partir da Baía de Hudson, foi comprada pelo Canadá da Companhia da Baía de Hudson, que havia ganhado o vasto território do Rei Carlos da Inglaterra, em 1670.

A expansão para o oeste não se deu sem dificuldades. Em 1869, Louis Riel liderou uma insurreição dos Métis na tentativa de defender seus direitos ancestrais pela terra. Chegou-se a um consenso em 1870 e uma nova província, Manitoba, foi delineada a partir da Terra de Rupert.

A Colúmbia Britânica, colônia da Coroa desde 1858, decidiu juntar-se ao Domínio em 1871, com a promessa de uma ferrovia que a ligasse com o resto do país. Em 1873, foi a vez da Ilha do Príncipe Eduardo. Em 1898, o território de Yukon, ao norte, foi oficialmente estabelecido a fim de assegurar a jurisdição canadense sobre a área durante a corrida do ouro de Klondike. Em 1905, duas novas províncias se formaram a partir da Terra de Rupert: Alberta e Saskatchewan. O que sobrou tornou-se os Territórios do Noroeste. Terra Nova preferiu continuar como colônia inglesa até 1949, quando tornou-se a décima província do Canadá.

A criação de novas províncias coincidiu com um aumento na imigração do Canadá, em especial para o oeste e atingiu o seu pico em 1913, com 400 000 pessoas vindo para o Canadá. Durante o período pré-guerra, o Canadá lucrou com a próspera economia mundial e se estabeleceu como uma potência industrial e agrícola.

A maturidade de uma nação

A contribuição substancial do Canadá durante a Primeira Guerra Mundial fez com que recebesse uma representação distinta da Grã-Bretanha na Liga das Nações, após a guerra. A sua voz independente tornou-se cada vez mais articulada e, em 1931, a autonomia constitucional do Canadá foi confirmada com a aprovação do Estatuto de Westminster.

No Canadá, como em qualquer outro lugar, as conseqüências da Grande Depressão de 1929 trouxeram tempos difíceis. Um em cada quatro trabalhadores estava desempregado e as províncias de Alberta, Saskatchewan e Manitoba estavam arrasadas pela seca. Ironicamente, foi a necessidade de servir às Forças Aliadas, durante a Segunda Guerra, que fez o Canadá sair da Depressão. O país emergiu da guerra como a quarta maior potência industrial.

Desde a Segunda Guerra, a economia do Canadá tem se expandido. Este crescimento, combinado a programas sociais do governo, tais como ajuda de custo às famílias, aposentadoria, assistência e seguro- desemprego, tem dado aos canadenses um alto padrão de vida e uma qualidade de vida invejável.

Mudanças visíveis têm ocorrido nas correntes de imigração do país. Antes da Segunda Guerra, a maioria dos imigrantes vinha das Ilhas Britânicas ou do leste europeu. Desde 1945, um número crescente de pessoas do sul da Europa, da Ásia, da América do Sul e também das ilhas do Caribe tem enriquecido o mosaico multicultural do Canadá.

No cenário internacional, a reputação e a influência do Canadá acompanharam o seu desenvolvimento e maturidade. O Canadá tem participado das Nações Unidas desde a sua criação e é a única nação a participar das mais importantes operações da ONU em prol da paz mundial. É também membro da Comunidade Britânica, da la Francophonie, do Grupo dos Sete países industrializados, da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD).

Uma nova federação a caminho

O último quarto de século assiste ao país se debatendo novamente com questões sobre a sua identidade nacional. O descontentamento entre muitos quebequenses de língua francesa levou a província, em 1980, a um plebiscito. A questão era se Quebec deveria ou não tornar-se mais politicamente autônoma em relação ao Canadá. A maioria decidiu manter a atual situação da província.

Em 1982, o processo sobre a reforma constitucional culminou na aprovação do Ato Constitucional. Segundo o Ato, o Ato da América do Norte Britânica, de 1867, e suas várias emendas tornaram-se os Atos Constitucionais 1867-1975. A Constituição, a sua Carta de Direitos e Liberdades e a sua fórmula geral de emendas estão redefinindo as funções e poderes dos governos federal e das províncias e estabelecem os direitos individuais e os dos grupos étnicos.

Dois grandes esforços foram feitos no sentido de se reformar o sistema constitucional: o Acordo do Lago Meech, de 1987, que não foi implementado por não obter anuência legislativa de todas as províncias e o Acordo de Charlottetown, de 1991. Este teria reformado o Senado e feito grandes mudanças na Constituição. Foi decisivamente rejeitado pelos canadenses em um plebiscito nacional em 26 de outubro de 1992.

Por ter sido colonizado por dois povos rivais, enriquecido por várias culturas, línguas e religiões e marcado por uma geografia altamente diversificada, o Canadá não poderia deixar de ser uma terra de concessões. "Unidade na diversidade" poderia ser o seu lema. O espírito de modernização e tolerância caracterizam a federação canadense e asseguram a sua sobrevivência.

"O Canada"

O Hino Nacional Canadense

"O Canada" foi proclamado como hino nacional do Canadá no dia 1º de julho de 1980, um século depois de ter sido cantado pela primeira vez, em 24 de junho de 1880. A música foi composta pelo célebre compositor Calixa Lavalée. A letra em francês foi escrita por Sir Adolphe-Basile Routhier. A música foi se tornando cada vez mais popular com o passar dos anos e muitas versões em Inglês surgiram. A versão oficial em Inglês se baseia na que foi escrita pelo juiz Robert Stanley Weir, em 1908. Essa versão incorpora mudanças feitas em 1968 por um comitê de membros do Senado e da Câmara dos Comuns.


Visitando o Canadá

Anualmente, mais de 35 milhões de pessoas visitam o Canadá como turistas, estudantes ou trabalhadores temporários. Como visitante, você poderá desfrutar das muitas oportunidades que o Canadá tem para oferecer.

Relações Culturais

O Canadá e o Brasil compartilham relações culturais fortes, que se desenvolveram ao longo dos anos. A cada ano, artistas de palco e de artes visuais, além de outros canadenses, visitam e se apresentam no Brasil, seja com fins comerciais ou com o apoio do governo. O governo canadense incentiva esses importantes intercâmbios pessoa a pessoa, em função de seu potencial para enriquecer a relação Canadá-Brasil.

Relações Canadá-Brasil

Um parceiro chave para o Canadá nas Américas

O Brasil representa mais da metade da América do Sul em termos de superfície, população e economia. É um importante participante nas questões mundiais relativas à liberação do comércio, segurança internacional e reforma das Nações Unidas. O Canadá reconhece a importância do Brasil na região e no mundo, o que reflete a magnitude de nossas relações com este país.

As relações do Canadá com o Brasil estão crescendo, o que é confirmado pelo nível elevado de visitas oficiais, pela expansão do comércio e de investimentos e por um maior interesse mútuo em aprender mais sobre o outro, tanto sob a ótica das políticas públicas como sob a perspectiva individual.

Os dois países mantêm regularmente consultas bilaterais formais para questões políticas e de segurança internacional. A cooperação em diversas áreas, tais como direitos humanos, governança, federalismo, diversidade cultural, meio ambiente, trabalho, assuntos indígenas, esportes, saúde e educação contribuem igualmente para fortalecer nossas relações.

Do ponto de vista multilateral, o Canadá e o Brasil trabalham cada vez mais juntos na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU), entre outras organizações. Áreas de interesse comum incluem a pesca predatória, a promoção da diversidade cultural, o envolvimento em operações de manutenção da paz e avanços no respeito pelos direitos humanos no mundo.

A colaboração trilateral é igualmente uma via promissora para ambos os países, conforme exemplificado pela atual - e frutífera - cooperação no Haiti.

O Brasil, que é a 12ª maior economia mundial e a principal máquina econômica do Mercosul, é tradicionalmente o maior parceiro comercial do Canadá na América do Sul. Depois dos Estados Unidos e do México, o Brasil é nosso 3º mais importante mercado de exportação nas Américas e o 17º no panorama mundial.

Os objetivos econômicos e relacionados à política comercial do Canadá no Brasil são alcançados através da avaliação dos desenvolvimentos macroeconômicos em relação a seu impacto nos interesses canadenses e da defesa de condições de mercados mais livres, tratando-se das dificuldades comerciais que afetam de forma negativa o comércio bilateral. Além disso, o Canadá desenvolve iniciativas de cooperação industrial, econômica e científica, promove as posições canadenses mantidas em fóruns econômicos internacionais junto às autoridades brasileiras, e presta assistência aos exportadores canadenses em questões de acesso ao mercado. A promoção do comércio internacional e a assistência às empresas canadenses constituem o escopo do interesse dos Consulados-Gerais em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Início das relações diplomáticas

O Canadá abriu seu primeiro escritório comercial no Brasil em 1866. A Embaixada do Canadá no Brasil foi aberta em 1944. Jean Désy foi o primeiro Embaixador do Canadá no Brasil.

Em maio de 1941, o Brasil abriu uma missão permanente em Ottawa. O primeiro Embaixador do Brasil no Canadá foi João Alberto Lins de Barros.

Nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi o foco da política externa do Canadá na América do Sul.

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