Governo diz que níveis de radiação decaem, mas amplia zona de evacuação para 20 quilômetros
12 de março de 2011 | 8h 32
TÓQUIO - Yukio Edano, chefe do gabinete japonês, confirmou neste sábado, 12, que houve uma nova explosão e um vazamento radiativo na usina nuclear Fukushima Daiichi, operada pela Tokyo Electric Power Co (Tepco). Ele informou, porém, que os reatores não foram afetados e que um grande vazamento radiativo no local não é esperado.
"Estamos avaliando a causa e a situação e as tornaremos públicas assim que tivermos maiores informações", disse Edano. Mais tarde, ele disse que os níveis de radiação caíram após a explosão e que permitirá à operadora da usina usar água do mar para esfriar o reator. Apesar disso, o governo decidiu ampliar de 10 quilômetros para 20 quilômetros a área de retirada de moradores ao redor do complexo.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as autoridades japonesas também estão preparando a distribuição de iodo para moradores da região das usinas de Fukushima. A substância pode ser usada para proteger o corpo da exposição à radiação.
A Tepco informou que quatro trabalhadores sofreram fraturas e foram levados a um hospital devido à explosão. Um especialista disse que o incidente não representa perigo imediato. Ainda assim, aumentou a preocupação de que ocorra um desastre maior no local.
Imagens da rede de televisão estatal NHK mostram as paredes do edifício do reator ruindo, deixando de pé apenas um esqueleto de metal. Colunas de fumaça saíam da usina de Fukushima, que fica a 30 quilômetros de Iwaki, um dos locais mais atingidos pelo terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que abalou o Japão na sexta-feira.
Após detectar um pequeno vazamento posterior ao abalo, estado de "emergência nuclear" e retirou milhares de habitantes da região próxima à usina, uma das maiores do mundo. Após o terremoto, o sistema de resfriamento parou de funcionar em razão da interrupção de energia.
A agência de Segurança Nuclear do Japão informou que a pressão em um dos seis reatores da usina era uma vez e meia superior ao nível considerado normal. Mas o órgão garantiu que o vapor radioativo não é prejudicial ao ambiente ou à saúde da população. Mais cedo, o governo japonês alertou para um derretimento no reator da usina, mas disse que o risco de contaminação por radiação era pequeno.
Com informações da Associated Press e da Reuters
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